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Foco

Em hotel dos EUA, robô entrega jornal e escovas e agradece com dancinha

Aparelho faz parte de nova geração de robôs, como o carro sem motorista do Google

DO "NEW YORK TIMES"

Imagine um irmão menor do Exterminador do Futuro, mas bem mais amistoso com os seres humanos.

Em um saguão de hotel diante da sede da Apple, em Cupertino, na Califórnia (EUA), um atendente coloca uma gilete na cestinha de um robô de 90 centímetros de altura e digita um número de quarto em um painel.

O robô, "Botlr" (trocadilho com "butler", mordomo em inglês), zumbe seu reconhecimento da ordem, em estilo R2-D2 (personagem de "Guerra nas Estrelas"), e roda para o elevador a caminho de seu destino.

Em 20 de agosto, o hotel Aloft, em Cupertino, começará a testar o mensageiro robô, projetado para transportar itens do saguão do hotel para os quartos dos hóspedes.

O "Botlr" é o mais recente de uma nova geração de robôs --como o carro sem motorista do Google, o robô hospitalar Tug, da Aetheon, e o carrinho robotizado de golfe da Caddytrack-- que estão começando a caminhar ou rodar no nosso cotidiano.

Não surpreende que esses passos robotizados iniciais rumo ao mercado mais amplo tenham causado indagações: quais serão as consequências de uma inteligência artificial superior à nossa? E será que resultará na eliminação de mais empregos?

A Aloft Hotels e a Savioke, uma start-up do Vale do Silício que projetou o "Botlr", insistem em que não estão interessadas em automação como forma de economizar mão de obra. Dizem que estão simplesmente reforçando a reputação dessa pequena cadeia de hotelaria como amiga da tecnologia e que esperam melhorar um pouco a eficiência de suas operações.

"Vejo a ideia como uma melhora do atendimento aos nossos clientes", disse Brian McGuinness, vice-presidente da subsidiária da Starwood Hotels que controla os hotéis Aloft. "Não pretendemos substituir o talento humano."

A Starwood usa o hotel vizinho à Apple como campo de testes para os mais recentes aparelhos e serviços tecnológicos da companhia.

Eles experimentam coisas como formas mais fáceis de enviar conteúdo digitais de smartphones e tablets aos televisores do hotel; e entre outras coisas seu sistema permite destrancar a porta do quarto usando um aplicativo no smartphone do hóspede.

JORNAL NA PORTA

O "Botlr", apesar de ter um "colarinho" de mordomo pintado no peito, não tem aparência humanoide nem pretende parecer homem ou mulher. De fato, se parece um pouquinho com o R2-D2 com uns quilos a menos.

O aparelho não atrairia atenção se estivesse imóvel no saguão de um hotel. Mas quando se movimenta, é capaz de atingir velocidades de 6,5 km/h.

É mais ou menos o ritmo de uma caminhada rápida, suficiente para que possa entregar giletes, escovas de dente, carregadores de celular, salgadinhos e até os jornais matutinos a qualquer dos 150 quartos do hotel em prazo de dois a três minutos.

Quando o robô chega à porta do quarto, o sistema contata o hóspede e o alerta sobre a entrega.

O robô, que conta com uma câmera e outros sensores, reconhece quando a porta do quarto foi aberta, e com isso abre a tampa da cesta de armazenagem que contém o produto a ser entregue.

Um painel de tela plana no topo do robô é usado para que o hóspede escreva um comentário sobre o serviço, em lugar de deixar uma gorjeta.

Se o comentário for positivo, o robô faz uma dancinha antes de partir.


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