Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Publicitário cria método para romper com as convenções

DE SÃO PAULO

A nova campanha da Associação Nacional de Jornais, "Jornal. Está em tudo", foi desenvolvida a partir de um processo de trabalho criativo aplicado pela agência Lew´Lara\TBWA chamado "Disruption" [disrupção].

O conceito foi cunhado pelo presidente do conselho do grupo TBWA, Jean-Marie Dru, em um livro publicado em 1996 e se transformou em uma ferramenta para ajudar marcas e empresas a romper com convenções e desenvolver novos caminhos.

No Brasil, o processo foi utilizado na construção de campanhas para marcas como Nissan e Friboi.

Durante um dia inteiro de trabalho, os executivos dos principais jornais do país se reuniram e colocaram o setor no divã: convenções e modos de pensar tradicionais foram questionados e novos caminhos começaram a ser traçados.

"Em um ambiente de constante transformação, em que a mídia social e as novas tecnologias mudam a forma com que as pessoas consomem mídia, as empresas de comunicação têm que refletir e questionar tudo o que parece convencional em seu modelo de negócios", disse Dru, em entrevista à Folha por e-mail.

O publicitário, que participa nesta segunda-feira (18), como palestrante, do Congresso Brasileiro de Jornais, conta que a campanha desenvolvida pela agência brasileira do grupo tem como objetivo "enfatizar que as notícias que as pessoas escutam no rádio, veem na TV e leem nos tablets e celulares geralmente têm origem nos jornais".

"Os jornais são os curadores de todas essas interações", diz ele.

Dru conta que o conceito de disrupção começou como uma ferramenta de comunicação e hoje é usado também para marketing, para promover mudanças nas corporações e até para desenvolver produtos.

"Acreditamos que é impossível avançar sem pensar de forma incremental. Melhorias graduais, passo a passo, não criam muito valor. Acreditamos em saltos. E é disso que trata a Disruption", diz.

"São três degraus: convenção, disrupção e visão. Você começa questionando tudo o que é convenção, depois você desafia isso com uma ideia disruptiva. Mas tudo é feito com uma visão de futuro, com uma visão clara de aonde você quer ir."

Exemplos de disrupção? "O iPhone é um produto disruptivo, o iTunes, a Amazon e o Nespresso são modelos de negócio disruptivo. A The Body Shop provocou disrupções no marketing e a Absolut e o Red Bull, na comunicação. É possível ser um disruptor em qualquer nível."

Dru afirma que a metodologia evoluiu com o tempo. "Quando você está investigando convenções, você está lidando com o presente ou o passado. Mas, em um mundo que se move rapidamente, temos que apontar tendências. As marcas precisam detectar tendências futuras e por isso estamos incorporando um processo mais desenvolvido nesse sentido. Isso já fazia parte da metodologia, mas não era central o suficiente."

Essas mudanças farão parte da nova geração do método, que ele chama de Disruption 3.0. "Queremos ser os melhores usuários do futuro", afirma.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página