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Pré-pago mira baixa renda para crescer

Cliente com dificuldade para abrir conta em banco por não ter como comprovar renda é um dos principais alvos

Comprador impulsivo também é visado pelas emissoras desses cartões; há tarifas para emissão e saque

DANIELLE BRANT ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O cartão pré-pago em real é vantajoso para as pessoas que não têm acesso a uma conta corrente --e, por consequência, a cartões de débito e crédito-- e também para aquelas que têm dificuldades em controlar suas finanças, afirmam consultores.

O produto é semelhante ao cartão usado em viagens ao exterior. Não há análise de crédito. Mediante depósito e cobrança de taxas, que variam de acordo com cada empresa, é possível transformar dinheiro em um cartão.

Na hora de pagar uma conta ou compra, ele funciona como um cartão de débito, aceito na maioria dos estabelecimentos do país.

Empregados domésticos e trabalhadores autônomos com dificuldade para comprovar renda estão entre o público-alvo do produto, afirma Bernardo Faria, diretor-executivo da Acesso, emissora de cartões pré-pagos.

"Uma parte do público não consegue abrir conta no banco por restrições cadastrais. O cartão vira uma solução para o dia a dia para guardar e transferir dinheiro", diz.

Pesquisa de 2013 do Instituto Data Popular aponta que o universo de não bancarizados pode alcançar 55 milhões de pessoas no Brasil.

Para a E-commerceCard, outra emissora de cartões pré-pagos, esses dados mostram a oportunidade que o nicho tem no Brasil.

Além de contribuir para a bancarização, o cartão pode ser um aliado para quem tem dificuldades para controlar suas finanças.

"Há pessoas que não podem ter um cartão de crédito, pois são consumidores impulsivos. Com o pré-pago, mesmo que a pessoa se empolgue, o risco de fazer uma bobagem financeira é menor, pois, se não houver saldo, o cartão é recusado", diz José Eduardo Balian, professor da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).

Em alguns casos, o cartão pré-pago funciona como um primeiro contato com instrumentos financeiros. O filho que recebe a mesada em um pré-pago, por exemplo, começa a entender como funciona o produto e, quando for mais velho e tiver renda própria, terá mais facilidade para lidar com conta e cartões.

Ter o produto em casa ajuda a resolver pequenos contratempos do dia a dia, como compras de última hora.

"Se for necessário, é possível fazer uma recarga à distância", diz Luiz Almeida, vice-presidente da Super, empresa de meios de pagamentos eletrônicos.

Para atrair clientes, as emissoras de pré-pago também apostam em nichos, lançando cartões com função específica, como pagar por combustível ou por corridas de táxi.

TARIFAS

Antes de adquirir um pré-pago é preciso atentar para as tarifas, como a cobrada pela emissão. Algumas empresas cobram mensalidade e saque, pois são usadas redes de outros bancos.

Além disso, há empresas que taxam a recarga, enquanto outras têm um encargo de inatividade, cobrado se o cliente tiver saldo e não utilizar o cartão por determinado período de tempo.

Estudo da Mastercard diz que o Brasil deverá ser um dos nove países com papel mais importante no crescimento dos pré-pagos até 2017.

Regulamentação do setor é recente


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