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Faturamento desaba em julho na micro e pequena indústria

Sobe de 24% para 38% percentual dos empresários com faturamento considerado ruim ou péssimo, de acordo com levantamento

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

O faturamento das micro e pequenas indústrias desabou em julho, o segundo mês da Copa do Mundo e período em que o setor começa a preparar os estoques para as vendas do final de ano.

No mês passado, 38% dos empresários entrevistados na pesquisa do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústria de São Paulo) responderam que o faturamento em julho foi ruim ou péssimo.

É a pior marca desde março de 2013, quando a pesquisa foi iniciada. Em junho, esse percentual era de 24%.

Na pesquisa, 35% dos entrevistados disseram que o faturamento em julho foi regular, e apenas 26%, que foi ótimo ou bom.

A pesquisa do Simpi, que foi feita pelo Datafolha entre 21 e 31 de julho com 316 micros e pequenas indústrias paulistas, confirma a tendência já sinalizada pelas pesquisas de produção e de emprego industrial de junho do IBGE. O instituto mostrou em junho a indústria acelerara as demissões, mas as dispensas ainda ocorriam em ritmo menor do que a queda na produção industrial. Em junho, houve fechamento de 0,5% do total de vagas nas fábricas, na comparação com o mês anterior. Foi o terceiro mês de recuo. A produção industrial, porém, teve queda mais acentuada: de 1,4% em junho, na comparação com maio --a quarta seguida.

O estudo do Simpi mostra uma certa estabilidade no nível de demissões, apesar do pessimismo dos empresários. Entre os entrevistados, 86% disseram que não fecharam vagas em julho --estável em relação aos 84% de junho.

As microindústrias parecem resistir mais do que as pequenas em demitir: 89% responderam que não cortaram vagas, mesmo patamar de junho. Nas pequenas, 61% afirmam que não fecharam vagas, ante 58% de junho.

Segundo Joseph Couri, presidente do Simpi, a pesquisa de julho mostra uma piora generalizada nos indicadores e na confiança dos empresários. "O brasileiro, que é otimista por natureza, comemorou a Copa, bebeu e esqueceu que a conta estava correndo. Quem é que vai pagar por não produzir, não vender e não trabalhar? Os juros sobem, entra no cheque especial e tem que começar a demitir."

A disponibilidade de financiamento para o dia a dia [o chamado capital de giro] não é suficiente para 45% dos entrevistados. Para conduzir seus negócios, só 37% têm acesso a linhas de crédito para pessoa jurídica. Do total, 41% recorrem a empréstimo pessoal e cheque especial da pessoa física do dono, além de amigos.


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