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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Vazio sanitário maior para soja pode inviabilizar girassol

O vazio sanitário para a soja é necessário e deve ser feito, defendem os produtores.

No entanto o possível aumento do período em Mato Grosso de 90 para 150 dias preocupa parte deles.

O vazio sanitário é um período necessário entre uma safra e outra para evitar a continuidade das doenças de uma mesma cultura.

A ampliação do vazio visa inibir a segunda safra de soja. Com ela, o uso do fungicida específico para o combate da ferrugem subiria para pelo menos oito aplicações no ano, ante as quatro atuais.

O excesso de aplicações faz com que a doença desen- volva resistência contra o fungicida, tornando-o menos eficiente.

O problema é que a ampliação do vazio sanitário poderá inviabilizar outras culturas no Estado, inclusive as de girassol e de feijão.

O início do vazio sanitário seria antecipado de 15 de junho para 15 de abril, terminando em 15 de setembro, conforme sugestão da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso.

O girassol é semeado de 15 de fevereiro a 15 de março e colhido de 15 de junho a 15 de julho. O engenheiro-agrônomo e protutor Sergio Stefanelo é um dos que defendem o vazio sanitário, mas deixa claro que é necessária a distinção entre duas situações.

Uma delas, afirma Stefanelo, é a ampliação do período do vazio sanitário para lavouras de soja. Ou seja, a safrinha realmente pode elevar a resistência dos fungos com o tempo.

Isso porque a segunda lavoura de soja exige a a- plicação de mais fungici- das específicos para essa doença, aumentando a resistência do fungo.

Uma situação bem distinta, no entanto, é a "soja voluntária" que pode ficar entre as lavouras de girassol e de feijão, afirma Stefanelo. Após a colheita da soja, os grãos que ficam no campo acabam germinando.

Nesse caso, a soja vai desenvolver a ferrugem, mas os agroquímicos utilizados nas lavouras não são indicados para eliminar essa doença.

Ou seja, destinados apenas às culturas do girassol ou do feijão, esses produtos utilizados nessas lavouras não vão elevar a resistência da ferrugem da soja, porque não têm nenhuma eficácia contra ela.

Portanto, nesse caso, Stefanelo entende que o vazio de 90 dias é suficiente para interromper o ciclo da ferrugem, doença que volta todos os anos, com intensidade maior ou menor, dependendo do clima.

EXPANSÃO

Uma eventual interrupção na produção de girassol viria em um momento de expansão da cultura em Mato Grosso. Dos 146 mil hectares plantados no país, 126 mil estão no Estado.

Terra e clima favoráveis a essa cultura não só elevaram a produção como também permitiram a industrialização da matéria-prima na região de Campo Novo de Parecis.

Um grupo de produtores se uniu para a criação de uma indústria, que repassa o óleo para grandes empresas do Sudeste do país.

FARELO DE SOJA
+1,96%
Ontem, em Chicago

CACAU
-1,84%
Ontem, em Nova York

Alimentos Pela oitava semana consecutiva, o preço médio dos alimentos mantém recuo na cidade de São Paulo, conforme pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Quedas Até os derivados de leite entraram em queda nesta semana, após alta contínua desde a terceira de março, aponta a Fipe.

Óleos Entre as maiores quedas estão os óleos, principalmente o de soja, que acumula recuo de 4% em 30 dias. A redução ocorre devido à pressão menor da soja.

Fumo Os preços médios do produto para exportação recuaram para US$ 4.864 por tonelada, 7% menos do que em julho. Em relação a agosto de 2013, a queda é de 4,5%.


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