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No mês do fim da Copa, turista eleva em 10% gasto no exterior

Estrangeiros ampliaram em 46% despesas com turismo no país em julho, para US$ 789 milhões

Deficit nas contas externas no mês passado foi de US$ 6 bi e soma US$ 49 bi no ano, 5% menos que em 2013

SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA

No mês de encerramento da Copa do Mundo, o turista brasileiro bateu seu recorde de gastos no exterior, com despesas de US$ 2,4 bilhões, 10% mais que em julho do ano passado, segundo o BC.

Os estrangeiros que estiveram no Brasil em julho também ampliaram suas despesas com turismo. Mas gastaram aqui menos de um terço do consumo dos brasileiros lá fora: US$ 789 milhões, 46% mais que um ano antes.

Nos dois meses da Copa, em junho e julho, os turistas gastaram no Brasil US$ 1,6 bilhão. Considerando apenas gastos de pessoas que vieram para o evento esportivo, a Copa representou incremento nas receitas do país com viagens e transportes de cerca de US$ 850 milhões.

Desse valor, US$ 700 milhões foram referentes aos gastos dos turistas no país com alimentação, hotel, ingressos para os jogos, por exemplo. Com passagens aéreas, os turistas que vieram para a Copa gastaram algo em torno de US$ 150 milhões.

Essa receita adicional inclui também agosto, em razão da data da fatura dos cartões de crédito.

Para o BC, o resultado foi positivo. "Havia muita incerteza sobre qual seria impacto disso [Copa], e está bem razoável", afirmou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico da instituição.

A diferença entre o que os brasileiros gastaram fora e o que os turistas gastaram aqui ficou em US$ 1,6 bilhão, saldo negativo para o balanço de pagamento do país.

ROMBO NO MÊS

Esse foi um dos fatores que contribuíram para o deficit nas transações de bens e serviços do Brasil com o exterior de US$ 6 bilhões em julho.

O rombo foi menor do que o estimado pelo governo e do que o de julho do ano passado, quando esse valor foi negativo em US$ 8,9 bilhões.

Para Maciel, o resultado "favorável" do mês é explicado, principalmente, pelo bom desempenho da balança comercial no mês. O Brasil exportou US$ 1,6 bilhão mais do que importou no mês. Em julho do ano passado, a balança apresentou deficit.

No acumulado do ano, o deficit recuou 5%, para US$ 49,3 bilhões. A queda se deve, principalmente, à redução nas remessas de lucros e das importações, reflexos da desaceleração da atividade econômica no Brasil.

Na comparação com o PIB, o resultado em 12 meses está em 3,45%, menor nível desde agosto do ano passado.

Para a Rosenberg Associados, não há sinais de crise nas contas externas, embora o patamar do deficit seja "desconfortável", diante de uma possível queda na entrada de dólares para financiá-lo.


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