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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Safra dos EUA é boa, mas depende do clima

A safra norte-americana continua com bom potencial de produção, mas nada está definido. Em Illinois, o segundo maior produtor de grãos do país, as condições são excelentes, mas no líder Iowa as lavouras estão atrasadas e precisando de chuva.

A análise é de Daniele Siqueira, analista da AgRural e que acaba de percorrer sete Estados norte-americanos produtores de grãos. "A safra está com bom potencial, mas ainda depende do clima."

A temperatura é mais baixa, o que evita o estresse hídrico da planta, normal nesses meses no Meio-Oeste dos EUA. Mas o clima mais frio retarda o desenvolvimento da lavoura.

Esse ritmo mais lento coloca as plantas no foco de eventuais geadas, previstas para algumas regiões produtoras.

A temperatura mais baixa do que o normal neste ano faz com que a soja desenvolva bem as folhas, mas tenha poucas vagens.

No caso do milho, há um atraso no enchimento dos grãos das espigas.

Não está descartada a ocorrência de uma grande safra no Meio-Oeste dos Estados Unidos, segundo Siqueira, mas as condições climáticas terão de melhorar.

Mesmo com clima favorável, após a visita a lavouras e a produtores nesses sete Estados feita na última quinzena, a analista acredita que o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) está superestimando a safra do país.

A produção de soja na safra 2014/15 deverá atingir 103,9 milhões de toneladas, conforme o mais recente relatório dos Usda, divulgado neste mês. Se confirmada, a produção supera em 16% a do ano anterior.

Já a produção do milho foi estimada em 356,4 milhões de toneladas, um pouco acima dos 353,4 milhões obtidas no ano passado.

Relatórios desta semana apontam, no entanto, que as condições das lavouras começam a melhorar, mas os números desses analistas também indicam volume um pouco abaixo dos estimados pelo Usda na primeira quinzena deste mês.

A soja voltou a subir nesta sexta-feira (22) em Chicago. O primeiro contrato esteve a US$ 11,66 por bushel (27,2 quilos). O milho teve a mesma tendência e foi a US$ 3,66 por bushel (25,4 quilos).

Um dos destaques no setor é o preço do farelo de soja, que acumula alta de 12% nos últimos sete dias.

Etanol O preço médio do álcool recuou para R$ 1,883 por litro nesta semana nos postos de abastecimento da cidade de São Paulo, conforme pesquisa da Folha. O recuo foi de 0,11% no dia e de 0,53% em 30 dias.

Paridade A mesma pesquisa da Folha, feita em 50 postos da capital, apontou estabilidade nos preços da gasolina, que está, em média, a R$ 2,879 por litro.

Vantagem Com isso, o etanol vale 65,4% do valor da gasolina, sendo mais favorável a utilização do derivado de cana no abastecimento do veículo.

Perdas As contusões sofridas por animais enquanto são transportados aos frigoríficos causam perdas de até R$ 154 por animal ao produtor de Mato Grosso.

Inadequado Um dos motivos dessas perdas é o transporte inadequado da fazenda ao frigorífico. É o que aponta estudo da Acrimat (associação dos criadores), universidades e a empresa

Beckhauser.

Químicos O mercado mundial de químicos a partir de renováveis poderá ser de até 25% em 2025. O Brasil desponta como grande destino para os investimentos.

Matéria-prima É o que aponta estudo da Bain & Company. O Brasil ganha importância porque tem matéria-prima e os que detêm a tecnologia buscam parcerias com fornecedor de matéria-prima e com empresa que já têm acesso ao mercado.


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