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Pessimismo abate 'espírito animal', diz empresariado

Executivos dizem que ações recentes do BC não farão economia crescer

Câmbio continua sendo maior preocupação de industriais, que veem produtos americanos e europeus competitivos

DE SÃO PAULO

O pessimismo em relação à economia brasileira é o principal empecilho ao "espírito animal" no país, segundo empresários e executivos que formavam a plateia do diretor do BC Luiz Awazu Pereira da Silva, em São Paulo.

"O crédito liberado pelo Banco Central nas últimas semanas não estimula os empresários. Na verdade, estamos nos preparando para quando essa conta será paga", disse o consultor financeiro Luís Augusto Carlini.

Recentemente, medidas do BC liberaram até R$ 70 bilhões para os bancos emprestarem a seus clientes. Estímulo ao crédito está entre as ações não convencionais citadas por Awazu como formas de incentivar as economias atingidas pela crise global a se recuperarem.

"Não há qualquer chance de despertar o espírito animal' com tantas incertezas. Os indicadores não apontam para uma aceleração da economia", afirmou outro empresário que preferiu não se identificar.

Já na opinião de Renato Baumann, diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as ações do Banco Central do Brasil têm como missão primária combater a inflação. "O espírito animal' é de responsabilidade [dos Ministérios] da Fazenda e do Desenvolvimento e de outros órgãos executivos, não do Banco Central", disse.

CÂMBIO

A maior preocupação dos industriais continua sendo o câmbio sobrevalorizado, que tornam produtos importados mais atrativos que os fabricados no Brasil.

Além dos produtos chineses, que têm ganhado qualidade e tecnologia, os americanos e europeus estão com maior competitividade e excluindo os brasileiros do mercado internacional.

Por outro lado, um estudo de Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério, aponta que o melhor câmbio para a indústria seria ter o dólar a R$ 2,33. Ontem, o dólar fechou a uma taxa de R$ 2,28.

"Uma desvalorização traria recessão e inflação no curto prazo. Mas, depois, a economia volta a acelerar com um crescimento forte dos salários", disse. (machado da costa e toni sciarretta)


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