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Em crise, MMX, de Eike, propõe reajuste de 176% a executivos

Mineradora, que registrou prejuízos de R$ 70 mi no primeiro trimestre, não comenta

SAMANTHA LIMA DO RIO

Sob forte crise e às vésperas de parar a produção de minério de ferro, a mineradora MMX, controlada por Eike Batista, vai pedir aos acionistas que aprovem aumento nos salários a serem pago este ano ao presidente e ao diretor da empresa, para R$ 24,9 milhões, somados.

O valor é 176% superior aos R$ 9 milhões que a MMX havia pago em 2013 aos principais executivos, que eram três e não dois, como hoje.

Na quinta-feira, a empresa anunciou que o presidente, Carlos Gonzales, no cargo desde janeiro de 2013, havia renunciado. O novo presidente é Ricardo Furquim, promovido da diretoria, onde estava havia cerca de um ano.

O pedido de reajuste será apresentado aos acionistas em assembleia marcada para 15 de setembro.

A empresa alega, segundo documento enviado ao mercado, que "a revisão decorre de ampla reestruturação administrativa da companhia", e que o ajuste leva "em consideração a revisão do plano anual de negócios".

O advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes, disse que a contratação de um executivo para dirigir uma empresa "combalida" é "mais difícil", o que justifica o reajuste. A média de remuneração proposta aos dois principais executivos da MMX é de R$ 12,5 milhões por ano, pouco acima da média de R$ 12,1 milhão dos oito executivos da Vale, que produz volume de minério de ferro 5.200% maior por mês.

Em janeiro, a MMX já havia conseguido aprovar com os acionistas da MMX aumento de 120%, em relação ao valor global pago em 2013, para R$ 19 milhões.

Dos R$ 24,9 milhões propostos, a empresa pretende pagar à diretoria 18,8 milhões em bônus e participações em resultados. No primeiro trimestre, a MMX teve perda de R$ 70 milhões. A empresa informou que vai parar de produzir por 30 dias em Minas Gerais, devido à queda nos preços internacionais, de 28% no primeiro semestre.

A Folha apurou com fontes próximas à empresa que a possibilidade de pedir recuperação judicial ganha força.

Procurada, a MMX não comentou.

Na quinta-feira, o pai de Eike, Eliezer Batista, renunciou ao conselho de administração da MMX, assim como Luiz do Amaral França Pereira. Outro conselheiro, Samir Zraick, havia saído no dia 18.

A secretária de Eliezer informou que sua saída "se deu em função do tratamento de saúde a que ele vem se submetendo no exterior e que exige uma longa permanência fora do país".


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