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MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Ambev fornece celular a motorista para melhorar logística

A Ambev implanta novas tecnologias para aprimorar a sua logística.

A fabricante de bebidas já forneceu 1.100 celulares para caminhoneiros e projeta atingir o total de 3.500 motoristas que trabalham para a empresa até o final de 2015. Até lá, todos os centros de distribuição terão o novo sistema de acompanhamento.

Pelo celular, o funcionário recebe a lista de entregas e informa as que já foram feitas, as mercadorias devolvidas e por que motivo.

O aparelho é rastreado em tempo real por uma equipe da empresa que acompanha a movimentação dos motoristas e das cargas.

Em uma tela, encarregados do controle observam se foi cumprida a rota preestabelecida, em quanto tempo e em que condições.

"Com essas novas tecnologias, daremos um salto em redução de custo e ganhos na segurança e para o meio ambiente", diz Vinicius Barbosa, vice-presidente de logística e suprimentos da Ambev.

"Há uma pressão de custo muito grande em transporte no Brasil: o diesel e a mão de obra sobem acima da inflação, leis, como a do caminhoneiro, independentemente de serem boas ou não, vêm para nós como despesa. Só com melhor desempenho, não consigo resolver o meu problema de custo", afirma.

A companhia necessitava de algo que permitisse um atalho. O executivo não revela o quanto a empresa desembolsa com logística, mas diz que o valor "é da casa de bilhões". A Ambev realiza cerca de 113 mil viagens por mês.

O "tracking" já está em operação em centros de distribuição de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o que corresponde a cerca de 30% da frota, que, que é terceirizada. Até outubro deverá chegar em Minas, Brasília, Paraná e Rio.

Onde o sistema já está em uso, o tempo médio de rota do motorista caiu 8%, pois ele não precisa mais, por exemplo, ligar para a empresa para comunicar uma devolução, segundo Barbosa. O condutor apenas insere a informação no sistema.

A aderência dos motoristas à rota estabelecida de entrega já aumentou 25 pontos percentuais, relata.

"Antes, podiam fazer outros caminhos, encontrar a namorada, fazer hora extra desnecessária." E se desligarem o celular para não serem rastreados? "Vamos pagar apenas pela rodagem registrada nos aparelhos", diz. A empresa estuda também outros dispositivos, independentes do celular.

Um deles é a rede caminhoneiro, batizada internamente de "Easy Caminhoneiro".

"A ideia é evitar que caminhões de outras companhias rodem vazios quando estiverem de volta."

Ainda não é possível estimar a economia de custos com as novas tecnologias, segundo o vice-presidente. Nem mensurar em quanto os novos projetos contribuirão para as metas de redução de emissão de CO2, afirma.

"Mas vai ajudar muito com medidas como rodar melhor, não deixar caminhão ligado na hora da entrega, não acelerar e não andar acima da velocidade necessária."

Desde o ano passado, Barbosa se preocupa com o tema. Ele foi à Califórnia, onde conheceu start-ups que desenvolvem projetos inovadores na área. De lá para cá, tem se dedicado a incorporar novas ideias.

"Quem sabe se, publicando a sua reportagem, não surgem outros jovens com projetos inovadores?"

TRABALHO TERCEIRIZADO

Sete em cada dez indústrias do país (69,7%) utilizam serviços terceirizados, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com 2.330 empresas.

O percentual é maior entre as companhias de grande e de médio portes, cuja terceirização foi citada por 84,9% e 74,2% dos grupos consultados, respectivamente.

Entre as pequenas empresas, o resultado foi de 55%. Uma eventual proibição à terceirização, no entanto, seria mais prejudicial aos grupos menores, segundo o estudo.

"Muitas micro e pequenas indústrias prestam serviços para outras empresas", afirma Sylvia Lorena, gerente-executiva de relações do trabalho da confederação.

A falta de um marco regulatório é uma ameaça, diz a entidade. Hoje, as companhias podem terceirizar mão de obra apenas para a atividade meio, mas uma súmula do TST (Tribunal Superior do Trabalho) veta para a tarefa principal (atividade fim).

"Não existe definição clara do que é uma atividade meio ou uma atividade fim." Um projeto de lei para regulamentar a questão tramita desde 2004 no Congresso.

Mais espaço... A Mobly, e-commerce do segmento de móveis, decoração e acessórios para casa, investirá cerca de R$ 15 milhões, até o fim do primeiro semestre do ano que vem, para ampliar seu centro de distribuição.

...em casa A empresa pretende quadruplicar o tamanho do seu centro logístico, que hoje tem 10 mil metros quadrados. A Mobly faz parte do grupo Rocket, o mesmo que investiu em companhias como Dafiti, EasyTaxi e Kanui.

Brasil... A subsidiária brasileira da Microsoft foi a que teve o melhor desempenho entre os países emergentes nos resultados da empresa do último ano fiscal, encerrado em junho. A empresa não abre valores locais.

...na frente A performance foi resultado sobretudo das vendas de softwares para pequenas e médias empresas, com destaque para computação em nuvem. A comercialização de consoles e smartphones também impulsionou.

Capitais... São Paulo e Vitória foram as vencedoras de um concurso apoiado pela embaixada britânica em Brasília que busca demonstrar como a sustentabilidade pode elevar a qualidade de vida dos moradores das cidades.

...desenvolvidas As duas capitais poderão enviar, como prêmio, representantes ao Reino Unido para conhecerem Bristol (cidade eleita a capital verde europeia de 2015) e centros de inovação, como o Future Cities Catapult.

Redução de burocracia beneficia setor de cruzeiros

Com a redução na burocracia para a concessão de vistos para tripulantes de navios, a Clia Abremar (entidade que representa o setor de cruzeiros) estima uma melhora nos resultados do segmento na temporada 2014/2015.

Hoje, os estrangeiros que trabalham em navios precisam solicitar o visto tipo 5, que custa € 100 (R$ 295), requer autorizações prévias do Ministério do Trabalho e um registro do tripulante após a entrada do navio no Brasil.

A partir desta temporada, a entrada no país poderá ser feita com o visto tipo 2, que além de mais barato (€ 60, ou cerca de R$ 175), não exige autorizações prévias.

"É um visto voltado para estrangeiros que vêm fazer negócios, sem intenções de imigrar ou receber remunerações no Brasil, que é o caso dos tripulantes de embarcações de outros países", afirma Mário Franco, consultor jurídico da entidade.

A mudança era um pleito antigo da Clia Abremar e foi aprovada pelo Conselho Nacional de Imigração.

"Cruzeiros já deixaram de vir ao Brasil porque essas exigências tornam o país menos atrativo para os negócios. Cerca de 60% das embarcações que vêm para o país atualmente poderão se beneficiar da nova medida", acrescenta Franco.


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