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Mercado aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Setor de importação reduz postos de trabalho

Pela primeira vez em 14 anos, o setor de importações de bens de consumo --que inclui importadoras e empresas que comercializam as mercadorias-- vai demitir um grande volume de funcionários no segundo semestre, segundo a Abcon (que representa o segmento no país).

O período é tradicionalmente o de maior número de admissões temporárias, devido ao Dia das Crianças e às festas de fim do ano.

Em agosto de 2013, mesmo em meio à crise, o setor havia contratado 18 mil trabalhadores temporários no país. No mesmo mês de 2012, esse número foi 50% superior.

Para 2014, a indústria espera cortes de ao menos 30% nos custos fixos, o que inclui menos postos de trabalho, segundo Gustavo Dedivitis, presidente da entidade.

"Os últimos três anos foram de muita dificuldade, mas este está sendo o pior. Além do desempenho ruim por causa da Copa, ainda teremos as eleições", diz.

O crescimento de processos de investigação de dumping solicitados por empresas brasileiras também contribuiu para o cenário, de acordo com Dedivitis.

"Importar bens de consumo deixou de ser uma atividade rentável no país."

Apesar de ainda não ter números fechados de quantas demissões ocorreram em agosto deste ano, a entidade foi comunicada sobre cortes de funcionários por ao menos cinco empresas do setor. "Estimamos que todos os 60 associados tenham dispensado e deixado de contratar."

Em um dos casos, o número de empregados caiu de 600 para 180. "Desde o início do ano, outras cinco ou seis empresas optaram por sair da associação por causa da contribuição mensal de R$ 1.600."

As principais vagas temporárias no setor de importados são de empacotadores e auxiliares de depósitos, com salário médio de R$ 1.300.

AVANÇO COM MULTIMARCAS

A Uatt?, rede de lojas de objetos de decoração e presentes, abrirá neste ano menos da metade das franquias que estavam previstas. O número de novas unidades deverá ficar ao redor de 25.

"Esperávamos inaugurar em 2014 quase 60 operações. Em algumas cidades, até fechamos lojas", diz Rafael Biasotto, sócio da marca.

"A retração do mercado fez os investidores ficarem mais cautelosos, principalmente nos últimos três meses", acrescenta.

Apesar da dificuldade com as franquias, o faturamento da empresa deverá crescer cerca de 30% neste ano, alavancado pelas multimarcas.

"A maioria delas [das multimarcas] não estão em shoppings e, por isso, têm um custo de operação menor e uma margem boa", diz o sócio Ivan de Oliveira.

"O valor de vendas por cliente aumentou neste ano, mas o número de compras caiu, já que menos pessoas estão circulando pelos shoppings", afirma Biasotto.

Até dezembro, a Uatt? deverá estar em mil pontos multimarcas em todo o país.

A companhia tem investido também em parcerias com floriculturas e livrarias (como a Saraiva) para instalar quiosques e expositores onde são vendidos apenas produtos da marca.

R$ 102 milhões
foi o faturamento da rede no ano passado

30%
é a alta esperada para este ano

30%
é quanto representam as franquias no faturamento

65%
é a participação aproximada das multimarcas; o restante corresponde ao e-commerce

70
é o número aproximado de franquias no país

Rede varejista de MG investe na abertura de novas unidades

A rede mineira ABC, que atua com supermercados, farmácias e postos de combustível, abrirá três novas lojas no Estado até o fim deste ano.

Com sede em Divinópolis, no centro-oeste de Minas Gerais, a empresa vai investir aproximadamente R$ 30 milhões na expansão.

O grupo entrará em duas cidades onde não opera (Betim e Varginha), com unidades no formato de atacarejo.

"Em Betim, como avaliamos que há um potencial de vendas maior, será uma loja mais ampla, com 10 mil metros quadrados", diz Valdemar Martins do Amaral, presidente da empresa.

A terceira unidade será um hipermercado em Campo Belo, onde a rede já tem hoje um supermercado que será transformado em atacarejo.

A empresa decidiu manter seu plano de expansão mesmo com o quadro de desaceleração da economia. "É um projeto que foi traçado há algum tempo", afirma.

O cenário econômico atual, no entanto, tem influenciado de forma negativa nas operações do grupo, ainda de acordo com o empresário.

"Em agosto nós conseguimos cumprir as metas [de vendas e margens de lucro], mas, antes, passamos três meses sem atingi-las."

COMÉRCIO ASIÁTICO

Embora o número de acordos de livre comércio tenha crescido entre os países do sudeste asiático, a taxa de utilização dos instrumentos por parte das empresas ainda é considerada pequena, segundo um estudo da EIU (Economist Intelligence Unit).

A média de uso dos acordos em vigor é de apenas 26% --de cada quatro companhias exportadoras da região, somente uma tem utilizado os tratados em seus negócios.

A menor taxa foi registrada na Malásia: 16%.

Um dos motivos para o baixo índice é que muitos dos acordos são "pouco ambiciosos", pois raramente vão além do corte de tarifas mais simples, de acordo com o relatório da consultoria.

A maioria dos documentos não inclui questões como e-commerce, direitos de propriedade intelectual, cooperação aduaneira e outras regulamentações que travam o comércio entre os países.

Foram ouvidos 400 exportadores de Indonésia, Malásia, Cingapura e Vietnã para o levantamento, que foi encomendado pelo HSBC.

números dos exportadores

42%
das empresas exportadoras da Indonésia dizem utilizar em seus negócios os acordos de livre comércio firmados pelo país

37%
é a média no Vietnã

21%
é a parcela em Cingapura

16%
é a média na Malásia

vice no debate

Convidada pela Abimaq para um debate nesta quinta-feira (4), a presidente Dilma Rousseff (PT) enviará o vice-presidente Michel Temer para representá-la.

A entidade, que reúne a indústria de máquinas, já recebeu Aécio Neves (PSDB) e o então candidato Eduardo Campos (PSB). O objetivo da Abimaq é debater o cenário econômico, expor a situação do setor e ouvir as propostas para recuperar a competitividade da indústria.

Berço... A Alô Bebê está com um plano de expansão e vai abrir mais três lojas até o fim deste ano. A próxima inauguração será nesta sexta (5) em Uberlândia (MG).

...e carrinho As outras unidades serão no Sul. O investimento é de cerca de R$ 1,5 milhão em cada ponto.

Cortes... A intenção de compra dos fluminenses caiu dois pontos percentuais no primeiro semestre ante o mesmo período de 2013, segundo estudo da FecomercioRJ/Ipsos.

...de gastos Cerca de 15% disseram que pretendem comprar bens duráveis, ainda de acordo com a pesquisa.


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