Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fundos de empreendimento investem em apps anônimos

Objetivo é descobrir como lucrar com a base de usuários, na maioria jovens que gastam muito tempo nas novas redes sociais

DO "FINANCIAL TIMES"

"Só escovo os dentes quando vou ao dentista" e "meu marido acha que estou economizando dinheiro para uma viagem, mas na verdade estou economizando para deixá-lo". Essas são algumas das confissões que podem ser encontradas em uma nova leva de aplicativos anônimos.

A aquisição do Ask.fm neste ano pela IAC, proprietária do Tinder e do Ask.com, foi o mais recente sinal da popularidade em alta das revelações anônimas on-line.

E grupos de capital para empreendimentos investiram milhões de dólares em concorrentes como o Secret e o Whisper.

O Ask.fm tem 180 milhões de usuários mensais ativos e está a caminho de atingir uma base do usuários tão grande quanto a do Twitter --271 milhões de assinantes.

Nos Estados Unidos, 9% das pessoas entre os 10 e os 18 anos usam o Ask.fm, e 5% usam o Whisper e Secret, de acordo com dados do grupo de pesquisa eMarketer.

Cerca de 40% da audiência desses serviços têm menos de 18 anos, um público com o qual os anunciantes anseiam se conectar.

O Whisper, que tem uma audiência um pouco mais velha e majoritariamente feminina, emprega 130 moderadores, e há pessoas de plantão 24 horas por dia, para garantir que nomes próprios não sejam usados, nem fotos contendo imagens de nudismo sejam postadas.

O Whisper foi usado por artistas para solicitar comentários honestos sobre seus trabalhos, por um soldado que desejava mostrar anonimamente como transcorria o seu dia e por universitários tentando descobrir se são os únicos que nunca beijaram.

O Secret decolou no Vale do Silício, onde é muitas vezes usado para espalhar fofocas sobre o setor de tecnologia. Mas também é muito popular em Israel e na Rússia, onde é usado para discussões políticas, e está crescendo rápido no Brasil e México; também opera uma associação na China, onde o Facebook e o Twitter estão proibidos.

Danny Rimer, da Index Ventures, que investiu no Secret, afirmou em um post sobre a capitalização de US$ 25 milhões que a companhia iniciante realizou no mês passado, que o app "satisfaz a uma necessidade humana muito importante: a liberdade de compartilhar pensamentos francos de modo anônimo e sem medo de julgamento".

LUCRO INCERTO

Como muitas outras redes sociais que os precederam, Ask.fm, Secret e Whisper têm por foco atrair usuários antes de decidir como ganharão dinheiro com eles.

Mas criar um ambiente limpo não é o único desafio para os apps anônimos que procuram cortejar anunciantes.

As redes sociais se vendem como fontes de dados sobre seus usuários, permitindo que os anunciantes direcionem sua comunicação a audiências cada vez mais específicas --e isso os apps anônimos não podem fazer.

No entanto, anunciantes vêm conduzindo experiências no Whisper e Secret. O Whisper testou conteúdo publicitário criado pela MTV e Hulu, um serviço on-line de vídeos em formato stream, e algumas marcas encorajaram as pessoas a compartilhar com os seus contatos "segredos" sobre seus produtos.

Outros usos incluem companhias cujos funcionários são encorajados a falar abertamente sobre seu lugar de trabalho no Secret, um serviço pelo qual empresas iniciantes como esse app poderiam um dia cobrar.

GIGANTES DE OLHO

As redes sociais mais estabelecidas estão observando de perto. O Facebook quer controlar diversos apps e já tentou desenvolver alguns para outras áreas de mídia social; o esforço mais óbvio foi a tentativa de imitar os chats com fotos que desaparecem depois de alguns segundos criados pelo Snapchat, e de adquirir essa empresa.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página