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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Estoques de grãos se recuperam nesta safra

A safra recorde de grãos que o país obteve em 2013/14 permitiu uma melhora nos estoques de alimentos. Essa recuperação é importante porque nas duas safras anteriores --2011/12 e 2012/13-- o país havia terminado esses períodos com estoques perigosamente reduzidos.

Mas, em alguns casos, como o do milho, os estoques finais desta safra acabam sendo um problema para os produtores. Os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que o país termina a safra com 13,8 milhões de toneladas.

Esse aumento ocorre devido ao intenso ritmo da produção do cereal nos recentes anos e pela redução das exportações nesta safra.

Há dois anos, com a forte queda de produção de milho nos Estados Unidos, os brasileiros assumiram o lugar dos norte-americanos nas exportações do produto em vários mercados. Neste, devido à recuperação da safra nos EUA, as vendas externas brasileiras estão bem abaixo do volume do ano passado.

O país conseguiu ainda uma melhora nos estoques finais de soja, que subiram para 1,4 milhão de toneladas, 109% mais do que a média das duas safras anteriores.

Esse volume corresponde, no entanto, a apenas 13 dias de consumo nacional, o pior entre todas as commodities acompanhadas pela Conab.

Os estoques de farelo e de óleo de soja também melhoraram e, agora, são suficientes para 40 dias de consumo.

Os menores crescimentos de estoques ficaram para os produtos essenciais à mesa dos consumidores: o arroz e o feijão. No primeiro caso, o país deverá virar o ano com 1,14 milhão de toneladas, o correspondente ao consumo de 35 dias. Esse volume é 47% inferior ao da média das últimas cinco safras.

Essa redução nos estoques de arroz nas últimas safras ocorre devido à importação menor de produto do Mercosul e ao aumento das exportações do cereal brasileiro. Consumo e produção ficaram praticamente iguais.

Já os estoques de feijão devem terminar o ano em 278 mil toneladas, o que dá para um consumo de 30 dias.

Mas o país resolve neste ano um gargalo que teve com o trigo nas safras recentes. Os estoques finais do cereal sobem para 1,25 milhão de toneladas, o correspondente ao consumo de 37 dias.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Chicago

Soja
(US$ por bushel)10,77

Milho
(US$ por bushel)3,36

Mercado interno

Algodão
(R$ por arroba)18,82

Trigo
(R$ por saca)29,97

Milho A China, que estava ausente do mercado brasileiro de milho desde janeiro deste ano, voltou a comprar o cereal no mês passado. As importações somaram 20 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Ainda abaixo Mesmo com a liberação chinesa para as importações do cereal brasileiro -- acertada entre os governos do Brasil e da China--, as compras de milho do país asiático ainda são pequenas.

Volume As exportações brasileiras deste cereal para a China somam apenas 23 mil toneladas de janeiro a agosto últimos, 52% abaixo do volume de igual período de 2013, quando as exportações norte-americanas estavam limitadas pela queda de produção.

Total Mas não é apenas a China que importa menos do Brasil. As vendas externas de milho do país recuaram para 8,4 milhões de toneladas nos oito primeiros meses deste ano, 31% menos do que em igual período do ano passado.

Etanol A produção na segunda quinzena de agosto subiu para 2,25 bilhões de litros, 8% mais do que em igual período de 2014. Com isso, o acumulado da safra 2014/15 atingiu 16,2 bilhões de litros, 5% mais do que na anterior.

Menos açúcar O crescimento do etanol inibiu o de açúcar, que recuou 6% na segunda quinzena de agosto. No acumulado da safra, a produção de açúcar sobe 4%, segundo a Unica.


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