Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Frete de caminhão sobe menos que inflação

Alta em 12 meses, de 2,8% para carga única e 4,9% para fracionada, é a menor em 3 anos

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O preço do frete de caminhão sofreu, nos últimos 12 meses, sua menor alta em três anos. O aumento médio, inferior à variação da inflação, foi de 2,8% para o transporte de carga única e de 4,9% para a carga fracionada, ante uma inflação de 6,5%.

Até 2012, os preços vinham subindo entre quatro e cinco pontos percentuais acima da inflação. Os dados foram divulgados nesta semana pela NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), que atribuiu o movimento à redução de custos do setor e ao encolhimento da demanda.

A desoneração da folha de pagamento implementada neste ano contribuiu para uma redução de despesas com mão de obra. O setor também foi beneficiado pela estabilidade do preço do diesel e pela redução do preço dos caminhões.

Sondagem da NTC com cerca de 400 empresas do setor mostram, por outro lado, um desaquecimento do setor --na média, elas relataram uma redução de faturamento de 5,9% nos últimos três meses.

Para Antonio Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC responsável pela pesquisa, a queda real do preço do frete representa um problema para as empresas e também para os consumidores.

Segundo ele, as companhias transportadoras trabalham com preços em média 9,7% abaixo do custo mínimo. Em junho do ano passado, esse valor era de 7,6%.

"A defasagem do preço acaba afetando a qualidade do serviço, causando mais acidentes e problemas no prazo de entrega das mercadorias, por exemplo", afirmou Valdivia.

"O papel do consumidor é procurar o menor preço. Muitas empresas é que não estão qualificadas para apresentar esse cálculo corretamente".

O transporte rodoviário perfaz cerca de dois terços de tudo que é transportado no país. A frota é de 2,2 milhões de veículos, sendo 55% propriedade de empresas.

Outro número que mostra a queda da atividade é o da ABCR (Associação Brasileira de Concessionários de Rodovias). O índice mensal da entidade aponta que em julho houve queda de 3,6% no tráfego de veículos pesados pedagiados no país em relação ao ano passado.

A redução começou em abril, após cinco anos de seguidos aumentos do índice, e vem se acentuando.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página