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País gera em agosto 20,5% menos vagas que no ano passado

Foram criadas 101,4 mil vagas de trabalho com carteira assinada; 71,3 mil dos novos postos foram em serviços

De janeiro a agosto, o total de vagas chegou a 751,5 mil; no mesmo período do ano passado, número somava 1,1 mi

SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA

O Brasil registrou a criação de 101,4 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, informou nesta quinta-feira (11) o Ministério do Trabalho. O número representa uma queda de 20,5% em relação a agosto do ano passado.

Ainda assim, o dado foi tido como positivo pelo governo, uma vez que houve uma expansão expressiva de vagas na comparação com julho (11,8 mil postos), depois de dois meses consecutivos de queda.

O setor de serviços deu fôlego à criação de vagas em agosto, com 71,3 mil novos postos. Comércio veio em seguida, responsável por abrir 40,6 mil novas vagas no mês.

Agosto é tradicionalmente um mês aquecido para esses setores, que começam a se preparar para atender à demanda de fim de ano.

De janeiro a agosto, foram geradas 751,5 mil vagas formais no país. Nesse mesmo período no ano passado, havia sido gerado 1,1 milhão de novos postos.

Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O governo mantém a meta de criação de 1 milhão de empregos até o fim do ano, mesmo considerando que terá apenas três meses para garantir a marca, já que dezembro é tradicionalmente marcado por muitas demissões.

O ministro Manoel Dias (Trabalho) afirmou que há um "pessimismo" na economia, mas que, a despeito disso o Brasil, está criando vagas como nenhum outro país. Ele reconheceu que há problemas a serem enfrentados, grande parte deles decorrentes da crise internacional.

"Não podemos resolver em 12 anos o que se deixou de fazer em 500. A crise não foi gerada por nós. Apesar da crise, somos país campeão da geração de emprego e manutenção de salário acima da inflação", afirmou.

O Nordeste foi a região que mais empregou em agosto, em números absolutos --foram 42,1 mil novos postos. Em seguida, veio a região Sudeste, com a criação de 32,6 mil vagas formais de emprego.

INDÚSTRIA

A indústria de transformação --na qual estão incluídas as indústrias automobilística e metalúrgica, entre outras-- fechou vagas pelo quinto mês consecutivo. Houve uma redução de 4.100 postos nesse setor em agosto.

Dentro da indústria de transformação, os segmentos que mais demitiram foram: materiais de transporte (-5.200 vagas), borracha, fumo e couros (-4.200) e metalúrgica (-3.600).

Segundo Dias, o governo está montando neste mês um grupo de trabalho para discutir soluções para a indústria brasileira aumentar competitividade e contratações.

Na agricultura, houve o fechamento de 9.600 vagas. Dias atribuiu boa parte dessas demissões ao fim da lavoura do café em Minas Gerais e São Paulo.

O setor de alimentos e bebidas compensou parte dessas demissões na indústria, com um saldo de contratações de 13,9 mil, em dado arredondado.

A presidente Dilma Rousseff comemorou o resultado do Caged. Para a candidata à reeleição, o resultado mostra a resiliência da economia brasileira diante da crise. "Para essa altura do ano, considero 101 mil empregos um valor bastante razoável", disse.


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