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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Importação de café torrado sobe 586% em 5 anos

As exportações de café verde vão muito bem neste ano. Volume e receitas crescem. O mesmo não ocorre com o café industrializado, cujas importações explodiram e exportações estão praticamente virando pó.

O Brasil importou o recorde de 1.640 toneladas de café industrializado nos primeiros oito meses deste ano, uma evolução de 586% nos últimos cinco anos. Os gastos de janeiro a agosto somaram US$ 32,3 milhões.

No caminho inverso, após ter atingido 8.330 toneladas exportadas de janeiro a agosto de 2008, as vendas externas brasileiras de café torrado e moído recuaram para 1.005 toneladas neste ano. É o menor volume em dez anos.

A indústria brasileira praticamente desistiu das exportações de café industrializadas, devido à dificuldade na criação de uma marca e ao desafio de competir com grandes grupos nos principais países desenvolvidos.

Um dado interessante, no entanto, é que enquanto o café industrializado brasileiro perde espaço em grandes consumidores, como os Estados Unidos, avança em países emergentes.

Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) deste ano indicam que os norte-americanos reduziram em 23% as compras do produto industrializado do Brasil.

Já China, Coreia do Sul, Cingapura e Tailândia aumentaram as importações do produto brasileiro. Embora esses mercados ainda sejam pequenos, eles exigem produto de qualidade e, consequentemente, de maior valor agregado, segundo Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Quanto às importações, a Suíça é a maior fornecedora do produto ao país. Neste ano, os suíços exportaram 706 toneladas para o Brasil, ao valor de US$ 16,5 milhões.

A novidade é que os preços médios do café importado desse país, que chegou a atingir US$ 93 por quilo de janeiro a agosto de 2011, esteve em US$ 23 neste ano, segundo dados da Secex.

O processo do preparo do café passa por profundas mudanças, com evolução para a chamada monodose. Essa nova forma exige investimentos e mudanças nas indústrias. Se o Brasil não avançar rapidamente nesse novo processo, vai ficar cada vez mais à mercê das importações.

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Até da Colômbia O número de países que fornece café industrializado para o Brasil aumenta. Neste ano, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), foi a vez de os colombianos fazerem parte da lista.

Volatilidade O sobe e desce do café neste ano tem atrapalhado a vida das indústrias. Há uma dificuldade maior nas negociações com o varejo e quando determinar o aumento de preço.

Oferta O superavit mundial de açúcar continua influenciando os preços na Bolsa de commodities de Nova York. O primeiro contrato recuou para 13,78 centavos de dólar por libra-peso nesta sexta-feira (12), 4% menos do que no dia anterior.

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SOJA
+2,78%
Ontem, em Chicago

CAFÉ
-0,50%
Ontem, em Nova York

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Consultoria prevê safra de cana de 552 mi de t

A produtividade média do setor de cana-de-açúcar recuará para 69,5 toneladas por hectare na safra 2014/15, um volume inferior ao previsto no início da safra, de 71,3, e bem abaixo das 78,3 toneladas da safra anterior.

A estimativa é de Julio Maria Borges, da JOB Economia e Planejamento Ltda, que prevê, ainda, uma moagem de cana de 552 milhões de toneladas no centro-sul.

O motivo dessa redução de produtividade foi o clima seco até agosto, o que vai determinar uma redução da produção de açúcar para 32,3 milhões de toneladas. A de etanol cai para 24,15 bilhões de litros. Desses, 13 bilhões são de álcool hidratado.

Borges reduziu a estimativa das exportações de açúcar para 22 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno de etanol fica em 21,6 bilhões de litros.

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combustíveis

Etanol vale 65% do preço da gasolina em SP

O preço do álcool começa a cair com menos intensidade na cidade de São Paulo. Nesta semana, o preço recuou para R$ 1,879 por litro, 65% do valor da gasolina. Mesmo com queda menor, o etanol ainda é mais atrativo do que a gasolina para os consumidores paulistanos.


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