Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Novo leilão de áreas de exploração de petróleo será feito no 1º semestre
Governo ainda estuda áreas que vai ofertar, mas exploração será em terra e águas profundas
Secretário minimiza críticas à política que impede a Petrobras de repassar altas no preço dos combustíveis
O Ministério de Minas e Energia (MME) fará no próximo semestre a 13ª rodada de concessão de áreas para exploração de petróleo, disse nesta segunda (15) o secretário-executivo de Petróleo e Gás da pasta, Marco Antônio Martins Almeida, na abertura da feira Rio Oil & Gas.
As áreas a ofertar ainda estão sendo estudadas pelo MME e pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), mas serão em terra e em águas profundas.
A rodada mais recente foi realizada em novembro passado, quando foram oferecidos 240 blocos em sete bacias sedimentares em terra, no Norte, Nordeste e Sul do país.
Almeida também defendeu a contratação da Petrobras para a extração adicional de petróleo em áreas já exploradas pela empresa por acordo com a União.
A negociação dos chamados "excedentes da cessão onerosa" foi anunciada em junho e determina que a Petrobras poderá explorar até 15 bilhões de barris de petróleo, além de 5 bilhões já autorizados, em quatro áreas cedidas em 2010.
Para tanto, terá que pagar R$ 15 bilhões ao governo, dos quais R$ 2 bilhões neste ano.
A negociação atraiu críticas por obrigar a Petrobras a fazer um desembolso no momento em que precisa lidar com a defasagem de preços em relação à cotação internacional, sua grande dívida e pesados investimentos.
Além disso, a produção nas áreas só começará em 2021, três anos após o pagamento.
Almeida afirma que a Petrobras já tem o direito de explorar a totalidade das áreas cedidas e que o MME não teria o que oferecer à empresa em um processo licitatório.
"Esperar muito para contratar essas áreas seria ruim para desenvolvê-las e para o país. Aquela área está totalmente comprometida com a Petrobras, que pode decidir onde botar as plataformas e furar os poços", disse.
Questionado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, João Carlos De Luca, Almeida minimizou as críticas sobre a política de impedir a Petrobras de repassar ao consumidor aumentos de preço no mercado global.
A companhia importa parte do combustível usado no país e é obrigada a arcar com a diferença de preços.
"Toda empresa grande como a Petrobras tem problemas, e não acreditamos que a política de preços seja o problema central", respondeu o secretário-executivo ao organizador do evento.