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Indústria de café prevê alta de preços se safra passar por seca

Associação afirma que reajustes foram represados neste ano

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

A Abic (Associação Brasileira das Indústrias de Café) não promete "segurar" a alta do preço do café para o ano que vem 2015, como fez neste ano, caso a próxima safra seja afetada pela seca.

A afirmação é de Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da associação. Segundo ele, as indústrias reduziram a margem de lucro para não repassar ao consumidor a alta do preço da saca do café.

"Algumas indústrias chegaram a pagar a matéria-prima [grãos de café] até 80% mais cara, mas aumentaram o produto em apenas 18% ou 20%. No próximo ano, não vão ter mais gordura' para segurar a alta", disse.

Segundo estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), feita em agosto, a falta de chuva de dezembro a fevereiro impactou na formação dos frutos, o que fez com que a safra de 2014 ficasse 8% menor do que a do ano passado.

O café tem periodicidade bianual. Isso significa que, após um ano com boa safra, a produção cai no ano seguinte. Portanto, a safra deste ano deveria ser maior que a de 2013, que teve produção de 49,1 milhões de sacas.

Anselmo Magno, da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas), de Franca, diz que, apesar da queda na produção, os produtores em geral foram beneficiados com os altos preços.

"Se na nossa região a produção caiu até 15%, por outro lado vendemos a saca por até o dobro do preço do ano passado. O problema é para a próxima safra, pois os estoques estarão baixos com duas safras pequenas", disse.

Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a saca do café subiu 51% entre janeiro e agosto, alcançando R$ 437,20.


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