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Abaixo da inflação, reajuste de aluguel em SP favorece locatário

Em 12 meses, índice na cidade de São Paulo aponta alta de 3,84% --ante 4,89% do IGP-M

Número de imóveis novos entregues ajuda a pressionar preços para baixo, mas movimento não atinge a cidade toda

DE SÃO PAULO

O mercado de locação residencial passa por um período de ajuste na cidade de São Paulo e é favorável ao locatário, segundo dados do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

O valor dos aluguéis contratados em agosto subiu 3,83% em 12 meses. Essa é a menor variação para o índice registrada desde setembro de 2006, quando a alta foi de 3,76%.

O percentual de agosto é inferior ao IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) do período, de 4,89%. O indicador é usado como referência para o reajuste do aluguel.

Para o diretor do Secovi, a tendência é que a variação do aluguel continue abaixo do IGP-M por um tempo, tornando o cenário propício para o inquilino negociar.

"Agora é a hora do locatário. O proprietário tem que pensar bem e se adequar à realidade", diz Turnbull.

A última vez que a variação acumulada pelo índice medido pelo Secovi ficou abaixo do IGP-M foi em março de 2013.

"Os valores estão se adaptando à realidade da economia, com PIB baixo, queda nas exportações e problemas de infraestrutura", diz Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi.

Combinado a esses fatores, Turnbull destaca a queda nas vendas de imóveis --que de janeiro a julho recuaram 49% em relação a igual período em 2013. Nos lançamentos, a retração foi de 21,5% no período.

Para Fernando Fita, diretor-geral de terceiros da imobiliária Coelho da Fonseca, os consumidores têm postergado a compra do imóvel, com o mercado "morno".

E esse cenário têm reflexo no mercado de locação. Com muitos empreendimentos sendo entregues e uma produção maior do que a demanda, quem comprou um imóvel para investir acaba alugando por um valor mais baixo do que planejava.

"Quando a demanda de compra e venda de imóveis não é boa, temos uma ótima perspectiva para a locação", diz Carolina Mussi, diretora da imobiliária Lopes.

Ela pondera, porém, que a "acomodação de preços" não vale para bairros com mais procurados, como Vila Olímpia, Jardins, Itaim Bibi.

Na relação mês a mês, os aluguéis residenciais na cidade caíram 1% em agosto ante julho.

A maior queda, de 1,6%, foi entre os imóveis de dois dormitórios, tradicionalmente, com mais lançamentos.


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