Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Exportações vão cair pelo 3º ano, prevê BC

Apesar da queda, órgão não muda estimativa para o deficit das contas externas em 2014

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

As exportações brasileiras devem encolher em 2014 pelo terceiro ano consecutivo, segundo o Banco Central.

O desempenho ruim do Brasil no comércio exterior até o momento levou o governo a reduzir a previsão para as exportações nacionais para US$ 240 bilhões, 1% abaixo do verificado em 2013.

Desde 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff, quando o país teve recorde de vendas (US$ 256 bilhões), esse montante está em queda.

Em 2013, operações contábeis envolvendo a venda de plataformas de petróleo que não deixaram fisicamente o país evitaram que o Brasil registrasse deficit. Neste ano, esse expediente também ajudou no resultado.

No ano passado, essas plataformas renderam US$ 7,7 bilhões, ante US$ 2 bilhões nos oito primeiros meses de 2014.

Taxa de câmbio desfavorável ao exportador e aumento de custos que tiram competitividade do produto brasileiro são apontados por especialistas como fatores que fizeram o Brasil perder espaço no comércio internacional.

O governo, no entanto, tem responsabilizado a crise internacional pelos resultados ruins também nessa área.

A expectativa de queda nas vendas para o exterior levou o BC a reduzir também a estimativa para o saldo da balança comercial. As exportações devem superar as importações em US$ 3 bilhões, pouco acima dos US$ 2,4 bilhões de 2013. Esses são os dois menores resultados em 13 anos.

A revisão das previsões na área comercial foi a principal mudança nas projeções do BC para as contas externas. No total, o país vai registrar um saldo negativo de US$ 80 bilhões nas transações com o exterior, similar ao de 2013.

Essa projeção não mudou porque, de acordo com o Banco Central, espera-se saída menor de dinheiro nas contas de serviços e rendas.

Também se espera uma remessa menor de lucros para o exterior, já que a estagnação da economia levará as empresas que atuam no país a lucrar menos este ano.

O deficit com o exterior se estabilizou em valores absolutos e na comparação com o PIB). Está em 3,5%, praticamente o mesmo patamar verificado nos últimos 12 meses.

Para o BC, a situação é confortável. Para analistas, não há sinais de crise, mas trata-se de um patamar elevado e que contribui para colocar pressão sobre o câmbio.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página