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BC age, mas dólar vai ao maior valor em 7 meses

Um dos motivos da alta foram dados de melhora da economia dos EUA

Para analistas, com a imprevisibilidade das eleições, investidores trocam ações pela moeda americana

RENATO OSELAME DE SÃO PAULO

Mesmo com a ação reforçada do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar voltou a subir nesta quinta-feira (25), alcançando a maior cotação desde fevereiro.

O dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, avançou 1,92% e fechou o dia cotada a R$ 2,43 --maior patamar desde 3 de fevereiro. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,83%, a R$ 2,421, recorde desde 12/2.

A alta ocorreu mesmo após a decisão do BC de praticamente dobrar suas operações diárias, que equivalem a uma oferta de dólares --e, por isso, tendem a reduzir o preço da moeda americana.

Em vez de renovar o vencimento de 6.000 contratos dessas operações no mercado futuro (swap cambial), no valor médio de US$ 300 milhões, a autoridade negociou 15 mil contratos, que somaram US$ 739 milhões.

Um dos principais motivos apontados para a alta foram dados de fortalecimento do mercado de trabalho americano, o que indica uma recuperação da economia dos EUA. O melhor desempenho americano atrai dólares para aquele país, pressionando a cotação no Brasil.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho informou que houve 12 mil novos pedidos de auxílio desemprego na última semana, abaixo do esperado pelos analistas, o que indica possível melhora no mercado de trabalho do país.

A recuperação da economia americana também pode fazer com que o banco central daquele país suba os juros mais cedo do que o previsto, o que também faz dólares trocarem o Brasil pelos Estados Unidos.

Além disso, o Bank of England sinalizou que poderá elevar a taxa básica de juros do Reino Unido em breve. A decisão de Londres pode influenciar o Fed, banco central dos EUA, a adotar medida similar antes do previsto. O mercado, por enquanto, espera que os EUA comecem a elevar seus juros no primeiro semestre de 2015.

Outro fator para a alta da moeda são as tensões geopolíticas na Síria e na Ucrânia.

No Brasil, o movimento é reforçado pela incerteza do mercado financeiro em relação às eleições. A pouco mais de uma semana do primeiro turno, as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) seguem em disputa acirrada pelo Planalto.

Diante desse contexto de incertezas, parte do mercado prefere trocar investimentos em Bolsa por outros ativos, entre eles o dólar.

"Hoje, vemos basicamente uma fuga para ativos mais seguros: o ouro se valoriza, Bolsas caem e há corrida para treasuries' [títulos da dívida dos EUA] e dólar", diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

BOLSA

A Bolsa de Valores encerrou o dia em queda, puxada por recuos nas ações da Vale e Petrobras.

O Ibovespa, seu principal índice, cedeu 1,52%, e foi aos 55.962 pontos. É o menor nível desde 14 de agosto, um dia após a morte de Eduardo Campos, o então candidato do PSB ao Planalto.


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