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Dólar vai a R$ 2,48 com eleição e exterior

Entre 20 países emergentes, Brasil tem moeda que mais se desvalorizou em relação à divisa norte-americana

Pesquisa eleitoral faz Bolsa a recuar pelo terceiro dia seguido, acumulando baixa de 7,6% na semana

DE SÃO PAULO

O dólar encerrou o dia no patamar de R$ 2,48 e a Bolsa fechou em baixa pelo terceiro pregão seguido devido a fatores internos e externos que causaram preocupação aos investidores ao longo desta quarta-feira (1º).

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com alta de 1,37%, a R$ 2,487. O dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,46%, para R$ 2,485. Ambos estão no maior patamar desde 8 de dezembro de 2008.

Numa cesta de 20 moedas de países emergentes, o real foi a que teve a maior desvalorização em relação ao dólar nesta quarta (veja quadro).

No cenário doméstico, dados econômicos ruins têm contribuído para a saída de recursos do país, afirma Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio.

"Nós temos cada vez mais os fundamentos econômicos deteriorados. Ontem [terça, 30] nós tivemos a divulgação da política fiscal, resultado pífio e que deixa em perspectiva uma redução de nota [avaliação] de crédito [do país por agências internacionais."

Há também um componente eleitoral que agiliza esse processo de subida do dólar, afirma Nehme. "O dólar caminharia naturalmente para uma alta, mas o movimento especulativo agiliza esse aumento da moeda", diz.

As perspectivas são de novas altas da moeda americana, afirma o diretor da NGO, para quem o dólar deverá atingir um novo patamar, R$ 2,55 a R$ 2,60.

O Banco Central prosseguiu com seu programa de intervenção no mercado, vendendo 4.000 contratos de swap cambial (equivale a uma venda futura de dólar) e rolando o vencimento de 8.000 contratos que expirariam no início de novembro. No total, as operações injetaram no mercado mais de US$ 590 milhões nesta quarta.

BOLSA

Afetado pelas pesquisas eleitorais divulgadas na véspera, que confirmaram o fortalecimento das chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o pregão desta quarta em baixa de 2,32%, aos 52.858 pontos.

É a menor pontuação desde 5 de junho. Na semana, a Bolsa cai 7,6%.

"Vimos nas últimas pesquisas que a vantagem [de Dilma] se manteve, e isso causa aversão principalmente por parte dos investidores estrangeiros, que não gostam desse perfil mais interventor do governo", diz Bruno Piagentini, da Coinvalores.

Mas o cenário externo também influiu no mercado doméstico, segundo Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. "Parte importante desse movimento está relacionada à queda dos mercados internacionais."

Dos 69 papéis que compõem o Ibovespa, 57 caíram e 12 subiram nesta quarta.


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