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Dados do EUA elevam dólar no mundo; no Brasil, moeda cai

Cenário eleitoral, com crescimento de Aécio Neves (PSDB), derrubou divisa e fez Bolsa subir

Ações preferenciais da Petrobras subiram 6,07%, Ibovespa teve alta de 1,91% e dólar à vista caiu 0,45%

DE SÃO PAULO

Dados mostrando melhoria do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta (3) fizeram o dólar se valorizar ante a maior parte das moedas do mundo. Das 24 divisas mais importantes de países emergentes, 22 viram sua cotação cair diante da moeda norte-americana.

Mas, no Brasil, a cotação da moeda, que chegou a alcançar R$ 2,50 ao longo do dia, perdeu força e acabou fechando em baixa.

Na avaliação de analistas, o descolamento da moeda brasileira em relação às de outros emergentes foi motivado pelo cenário eleitoral.

A possibilidade de um segundo turno com o candidato Aécio Neves também levou a Bolsa a subir pelo segundo dia seguido.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,91%, a 54.539 pontos. Na semana, porém, o índice caiu 4,67%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram forte alta e encerraram o dia com alta de 6,07%. Na semana, caíram 12,37%.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com queda de 0,45%, a R$ 2,473. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 1,12%, a R$ 2,464. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 2,13% e o comercial avançou 1,99%.

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de um segundo turno eleitoral entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato Aécio Neves (PSDB).

Pesquisa Datafolha mostrou empatou técnico entre Aécio e Marina Silva (PSB) na disputa pelo segundo lugar da corrida presidencial.

No exterior, o dólar subiu com divulgação de que foram criadas 248 mil vagas de trabalho nos EUA em setembro, acima das 215 mil estimadas.

O dado, avaliado pelo Fed (Banco Central dos EUA) ao elaborar sua política monetária, eleva a chance de os juros do país subirem antes do previsto, o que deixaria os títulos do Tesouro dos EUA, remunerados pela taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em emergentes.

Tarcisio Rodrigues, diretor do Banco Paulista, diz que isso deve fazer o dólar subir mais em relação ao real nos próximos meses. "O patamar natural do dólar será de R$ 2,50 a R$ 2,60. A desvalorização do real é iminente pela deterioração econômica. Mas a volatilidade atual está muito ligada à eleição", afirma.

O Banco Central vendeu contratos de swap (equivalentes a venda futura de dólares) e rolou contratos que expirariam no início de novembro no mesmo volume dos outros dois dias do mês.


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