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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Incerteza na Bolsa é mais por fator interno, diz banco

Fatores internos foram responsáveis por cerca de 85% das variações da Bolsa e da cotação do real nas últimas semanas. A avaliação é do presidente do Deutsche Bank na América Latina, Bernardo Parnes.

No crescimento do PIB, porém, há uma interferência externa um pouco maior.

Enquanto as medidas adotadas pelo governo brasileiro e as expectativas em relação à economia são responsáveis por cerca de 70% do desempenho do país, o cenário externo tem impacto de 30%, estimou o executivo em entrevista na quarta-feira (1º).

"Não são números exatos, são apenas para termos um direcionamento", ressaltou.

Em relação ao câmbio, no início da semana passada, a média da variação das moedas em comparação com o dólar ficou entre 0,5% e 2%. O real, no entanto, variou de 6% a 8%.

"Essa diferença mostra que a questão é mais local", diz.

"Mas, ao mesmo tempo, as Bolsas todas caíram lá fora. Os bancos estão sofrendo."

A retração no mercado de ações internacional é, em parte, decorrente de problemas econômicos em vários países: "A questão entre a Rússia e a Ucrânia afeta muito o continente", exemplifica. "Quase dormente, a Europa demorou muito mais para resolver o problema do que os Estados Unidos", lembrou.

"A China está crescendo menos, mas avança sobre uma base muito maior do que a de anos atrás."

NÚMEROS

banco de investimentos em performance no primeiro semestre de 2014, empatado com Goldman Sachs e atrás do J.P. Morgan, segundo a Coalition (de análise do setor)

€ 917 milhões foi o Ebit (lucro antes de juros e impostos) do grupo no segundo trimestre deste ano, o que corresponde a cerca de R$ 2,82 bilhões

JOGO PARA GANHAR

Enquanto a importância relativa do Brasil dentro da América Latina diminui no Deutsche Bank, países como México, Peru, Colômbia e Chile ganharam relevância.

"Antes, há uns dois ou três anos, o Brasil tinha um peso maior. Não é que os negócios aqui estejam caindo, mas os de outros vêm crescendo", diz o presidente do banco na região, Bernardo Parnes.

"O México implementou mudanças e está avançando muito. Além disso, tem uma localização geográfica imbatível e uma mão de obra barata, em alguns casos inferior à chinesa", afirma.

Por enquanto, o Brasil ainda tem uma equipe maior, com mais de 500 funcionários. No México, são aproximadamente 200.

"Os países do Pacto Andino tem um jogo para ganhador, o que não é o caso do Mercosul", acrescenta.

Apesar da expansão na região, o Deutsche Bank não deve ampliar sua presença física. Hoje, atua com unidades no Brasil, na Argentina, no Chile, no Peru e no México. "Trabalhamos nos outros países via remota."

No mundo todo, a instituição financeira está presente em 75 países.

Eletroeletrônico registra queda na produção de 8,9% em agosto

A produção brasileira de eletroeletrônicos diminuiu 8,9% em agosto na comparação com o mesmo período de 2013. Essa foi a terceira queda consecutiva. No acumulado do ano, o setor registra retração de 1,6%.

Em agosto, o segmento de eletrônicos, que vinha se expandido -nos oito primeiros meses de 2014, avançou 5,5%-, também recuou (-8,4%), segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

"Até produtos como tablets e microcomputadores não estão indo bem. O único produto em um nível mais confortável é o smartphone", afirma o presidente da entidade, Humberto Barbato.

"Nesse quadro recessivo do país, com as pessoas mais racionais para comprar, o celular substitui o tablet e ainda tem outras funcionalidades."

A produção do segmento de elétricos, por sua vez, caiu 8,1% entre janeiro e agosto. "A crise pela qual passam as distribuidoras de energia diminuiu os investimentos no setor. As empresas estão fazendo apenas manutenção."

A Abinee não projeta crescimento para este ano: "Se empatarmos com 2013, já será uma vitória."

Óleo... Companhias francesas de óleo e gás devem investir € 10 milhões no Brasil até o final deste ano.

...francês Cerca de 30 empresas estão fomentando novos negócios, dizem a EY e a Ubifrance (agência francesa).

Aperitivo... A rede de restaurantes Água Doce abrirá mais uma unidade neste ano, em Naviraí (RS).

...nacional Para 2015, estão previstos dez pontos em todo o país. A rede faturou R$ 120 milhões no ano passado.

Escoar soja pelo Norte renderia R$ 9,7 bi por ano, afirma entidade

A ampliação do uso dos portos das regiões Norte e Nordeste para o escoamento da produção de soja poderia gerar uma economia de R$ 9,7 bilhões por ano, segundo a ABTP (entidade de terminais portuários).

O cálculo considera as despesas excedentes que os produtores do Centro-Oeste têm ao enviar a safra para terminais do Sudeste e do Sul.

"Essa economia se refletiria de imediato em ganhos de competitividade para o produto nacional no mercado externo", diz Wilen Manteli, presidente da entidade.

Parte do ganho também viria do aumento da utilização do transporte hidroviário, afirma o executivo.

Hoje, 60% da soja brasileira é transportada por meio de estradas, de acordo com dados da ABTP. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa parcela é de 16%.

Para ampliar o uso dos terminais do Norte, no entanto, é preciso acelerar os aportes em infraestrutura na região, segundo a associação.

"Precisa investir em melhoria de acessos aos portos por terra, para caminhões e trens, e aumentar o calado para grandes navios graneleiros", afirma Manteli.

A previsão é que os portos da região Norte atinjam uma capacidade de movimentação de 64 milhões de toneladas em 2025. "Mas essa já é a demanda que existe hoje."


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