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Eleição faz Bolsa ter maior alta em 27 meses

Sob expectativa de apoio de Marina a Aécio, Ibovespa cresce 4,72% no dia e 64 das 70 ações mais negociadas sobem

Dólar à vista cai 2,3% e fecha a R$ 2,41; real foi a moeda que mais se valorizou entre as de 24 países emergentes

MARIANA CARNEIRO DAVID FRIEDLANDER DE SÃO PAULO

Na torcida para que Marina Silva (PSB) anuncie apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, o mercado financeiro reforçou a aposta na alta da Bolsa de Valores e na queda da cotação do dólar, nesta segunda-feira (6).

O movimento é sinal da preferência de bancos e investidores por uma vitória do candidato da oposição à Presidência da República.

A Bolsa brasileira registrou a maior alta do mundo. O Ibovespa, índice que reúne as principais ações do mercado de ações do país, subiu 4,72%. Foi a maior alta num único dia desde julho de 2012. Das 70 ações mais negociadas no pregão, 64 subiram.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 2,31%. Depois de bater R$ 2,50, na semana passada, voltou para R$ 2,41 nesta segunda-feira.

O comportamento do mercado brasileiro se diferenciou do que aconteceu no exterior, sugerindo que o componente eleitoral foi determinante na valorização do real. A moeda brasileira foi a que mais se valorizou entre as de 24 países emergentes.

O mercado vem reagindo de maneira positiva desde a arrancada de Aécio na reta final do primeiro turno, na sexta-feira passada.

Na visão dos investidores, uma vez eleito, Aécio poderia adotar políticas capazes de melhorar a economia e o crescimento das empresas.

Já a reeleição de Dilma Rousseff (PT) é encarada por eles como uma manutenção das escolhas que produziram crescimento perto de zero e inflação elevada.

Mais do que as primeiras pesquisas de intenção de voto após o primeiro turno, os investidores estão atentos ao posicionamento que Marina vai adotar no segundo turno.

Acreditam que, se ela declarar apoio a Aécio, o tucano teria mais chances. Na última eleição presidencial, em 2010, Marina ficou neutra no segundo turno.

Dessa vez, acreditam que a candidata pode se unir à oposição, porque foi frontalmente atacada por Dilma no primeiro turno. "Ela e Aécio se estranharam na campanha, mas não houve golpe abaixo da cintura. Aécio não mentiu, dizendo que Marina acabaria com o Bolsa Família", disse à Folha o presidente de um grande banco que opera no Brasil e que pediu para não ser identificado.

Alvo prioritário da aposta dos investidores, as ações da Petrobras subiram 11,12%, negociadas a R$ 20,39. A aposta é que esses papéis devem seguir em valorização nesta semana, a não ser que Dilma ganhe força nesses primeiros dias pós-primeiro turno.


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