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FMI pede que grandes economias gastem mais para acelerar PIB

EUA e Alemanha são os principais alvos; Fundo acabou de reduzir estimativa de avanço global

Em debate sobre eleição no Brasil, economistas apontam necessidade de mudanças seja qual for o resultado

DA REUTERS

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, pediu nesta quinta (9) que as grandes economias aumentem gastos para estimular o PIB mundial, em desaceleração.

O esforço vem após seis anos de combate à crise se passarem sem garantia de que a economia global tenha se firmado em bases estáveis. Mesmo a Alemanha ameaça cair em recessão; a China tem perdido fôlego e os EUA temem que a desaceleração global prejudique a recuperação norte-americana.

"É uma questão de fazê-lo, não de simplesmente falar sobre isso", disse Lagarde, que pediu particularmente aos EUA e à Alemanha que gastem mais em infraestrutura.

O pedido surge no momento em que o FMI revisa suas estimativas de crescimento para as grandes economias globais. A piora de cenário ocorre especialmente no Japão e na zona do euro (que parece se encaminhar para uma nova recessão), além de alguns emergentes como o Brasil --cuja previsão de avanço do PIB neste ano caiu de 1,3%, em julho, para 0,3%.

Apesar dos sinais de piora, a proposta de Lagarde terá eco em seus dois alvos.

É pouco provável que haja consenso político para gastar mais em Washington, que passa por eleições legislativas no próximo mês, ou entusiasmo na Alemanha, onde a prioridade é entregar a promessa de um Orçamento federal equilibrado em 2015.

O FMI apresentou seus conselhos em termos tipicamente prudentes, dizendo que investimentos bem sensatos em infraestrutura poderiam melhorar o emprego e o crescimento no curto prazo.

Autoridades já estimaram que países em desenvolvimento como Índia e Brasil precisam de trilhões de dólares em gastos de capital. O Brasil é frequentemente citado como um país cujo crescimento está sendo prejudicado por sistemas de portos e estradas pouco eficientes.

ELEIÇÕES

As eleições brasileiras também foram citadas em seminários do FMI e do Banco Mundial. Para economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, o novo presidente, seja quem for, terá de iniciar reformas que mudem o modelo de crescimento baseado em consumo para um cuja base seja o investimento.

Essas mudanças, disse, poderiam elevar o crescimento potencial do país, ao final do próximo mandato, para 4% ao ano. Se nada mudar, o PIB não chegará a 2%, afirmou.

"As condições pioraram sob Dilma. Se ela vencer, terá de implementar essas reformas sem ter o benefício da dúvida do mercado financeiro. Aécio Neves teria esse benefício", afirmou José Luis Daza, da QFR Capital Management, que gerencia ativos.

Neste ano, a delegação brasileira à reunião anual do Fundo foi reduzida: só o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, compareceu, limitando a estada a um dia. O ministro Guido Mantega (Fazenda) cancelou a viagem por causa do segundo turno das eleições, e a ministra Miriam Belchior (Planejamento) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que eram esperados, não compareceram.


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