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Mulheres avançam nos EUA na criação de start-ups

Empresárias obtêm mais sucesso em áreas consideradas difíceis para o comércio virtual, como as de moda e beleza

Quase 40% das lojas virtuais que obtiveram investimentos nos EUA neste ano foram fundadas por mulheres

SARAH MISHKIN DO "FINANCIAL TIMES"

Michelle Lam foi executiva de capital para empreendimentos e vice-presidente de finanças de uma empresa de dados adquirida pela Securities and Exchange Commission (SEC), a agência que regulamenta o mercado de valores mobiliários dos EUA. Agora, criou uma start-up, que opera de um escritório em um bairro da moda em San Francisco e cujas paredes exibem amostras da lingerie sensual mas sensata --principalmente sutiãs-- que a empresa, True & Co, cria e vende on-line.

Lam lançou a True & Co em 2012. Percebeu que poderia usar sua experiência de gestão e análise de dados, e suas percepções sobre os problemas que as mulheres encontram ao fazer compras, para criar uma empresa.

Analisando dados sobre a porcentagem de produtos devolvidos e as reações dos consumidores, e usando essas informações para alterar designs e lançar produtos rapidamente, ela diz que a True & Co é capaz de produzir roupas mais adaptadas às usuárias.

As mulheres criadoras de start-ups continuam a ser minoria, mas Lam, que foi a primeira mulher a se tornar sócia executiva na Bain Capital Ventures, é parte desse crescente número de empreendedoras do vale do Silício.

"Estamos em um momento da história no qual existem mulheres experientes e com a formação que o setor de capital para empreendimentos procura", diz Anna Zornosa, fundadora da Ruby Ribbon, e-coomerce de roupas.

Catorze por cento do capital para empreendimentos concedido neste ano nos EUA foi destinado a empresas fundadas ou co-fundadas por mulheres, mas a proporção é mais alta no ramo do comércio eletrônico, e continua a crescer rapidamente.

DOBRO DA FATIA

Entre as empresas de comércio eletrônico, quase 40% das start-ups que obtiveram capital foram fundadas ou co-fundadas por mulheres, de acordo com a PitchBook (em 2009, eram menos de 20%).

Entre as categorias mais persistentemente difíceis nos empreendimentos on-line estão a beleza e moda feminina, exatamente os segmentos em que muitas das mulheres criadoras de empresas optaram por operar.

Verificar se uma roupa serve, a qualidade do produto e sua cor exata são fatores muito importantes, mas que é difícil realizar virtualmente.

Muitas dessas novas empresas estão tentando desenvolver modelos de negócios que possam convencer as compradoras a se sentirem mais confortáveis.

"Não quero parecer petulante, mas os investidores em geral querem bancar fundadores que conheçam alguma coisa sobre o produto", diz Amy Errett, que trabalhou no ramo e agora fundou uma companhia que vende tintura para cabelo.

Errett diz que sua inspiração para a Madison Reed, a companhia que ela criou, veio do corredor de produtos de tintura de uma drogaria, quando ela percebeu o quanto o design dos produtos era ruim. A companhia dela está experimentando com o uso da tecnologia para a venda de tinturas de cabelo de uso doméstico.

A start-up, que obteve US$ 12 milhões em capital do setor de capital para empreendimentos este ano, vende principalmente para mulheres que desejam ocultar cabelos grisalhos.

Errett, que já passou dos 50 anos, usa cabelos loiros bem curtos acompanhados por óculos coloridos e de armações grossas.


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