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Mercado aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Varejo off-line

Redes de varejo ainda resistem à venda na internet; para especialistas, e-commerce será indispensável no longo prazo

Apesar de ser quase uma obrigatoriedade hoje em dia, a presença das redes de varejo na internet ainda não é bem explorada por muitas empresas do segmento.

Lojas como Leroy Merlin, Riachuelo e C&A apresentam os produtos em seus sites, mas não possibilitam a compra diretamente pelo canal, por exemplo.

Entre as razões para não aderir de vez ao e-commerce estão desde mercadorias que necessitam de orientação para o uso até custos com logística e manutenção dos sites, que empresas preferem cortar do orçamento, segundo especialistas do setor.

"Em alguns casos, atuar com vendas pela internet ainda não é o foco da empresa. No longo prazo, entretanto, essa opção poderá se tornar inviável", diz Silvio Laban, coordenador de cursos de MBA do Insper.

O segmento de vestuário é um dos casos citados por Laban para exemplificar essa necessidade.

"Há cinco anos, a maioria das lojas de roupas não vendiam pela internet por ser um tipo de compra que pede experiências presenciais. Com a entrada da Dafiti, houve um movimento no setor."

A grande maioria das empresas de varejo não é familiarizada com o ambiente virtual, afirma Luiz Antonio Joia, professor da FGV.

"Também existe uma dificuldade em conciliar os canais físico e on-line dentro da própria organização. É comum o cliente comprar algo pela internet, ir na loja física fazer a troca e o atendente não saber o que fazer."

"Como as margens são mais estreitas, algumas companhias preferem cortar custos adicionais."

A coluna procurou as empresas citadas no texto, mas não obteve respostas.

Contratos temporários terão a menor alta desde 2007

O número de trabalhadores temporários contratados para o período anterior ao Natal deverá crescer 1% neste ano na comparação com 2013.

Essa será a menor expansão registrada desde 2007, ano em que o Sindeprestem (sindicato das empresas de trabalho temporário do Estado de São Paulo) começou a fazer a comparação.

No total, deverão ser abertas 163,6 mil vagas, segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Manager a pedido do sindicato e da Fenaserhtt (federação do setor).

A efetivação dos temporários também deverá registrar a menor taxa dos últimos anos: 5%.

"Esse percentual decorre tanto da situação econômica, com futuro incerto, como da falta de qualificação dos profissionais", afirma o presidente das duas entidades, Vander Morales.

"Para o trabalho temporário, não é exigido um perfil muito rigoroso. Isso muda na hora da efetivação."

Os salários pagos aos profissionais deverão avançar 6% na indústria e 5% no comércio. "É apenas a recomposição da inflação."

O QUE ESTOU LENDO

Antonio Ermírio de Moraes Neto, sócio da Vox Capital

Interessado em escrever um livro sobre casos de empreendedorismo, Antonio Ermírio de Moraes Neto lê "Story", de Robert Mcnee (Editora Harper).

"É um dos papas da redação de roteiros para Hollywood", diz Moraes Neto.

"Queria entender como Hollywood escreve histórias poderosas que ficam na cabeça das pessoas por anos. Isso pode ser usado para inspirar e mobilizar para causas importantes, como educação e saúde", conta Moraes Neto.

O sócio da Vox Capital, que investe em empresas com potencial de gerar retorno financeiro e impacto social positivo, se dedica também à leitura de "Repensando a Saúde", de Michael Porter e Elisabeth Teisberg (Editora Artmed).

"Escrito pelo especialista em estratégia, Porter, o livro trata de possibilidades de revolucionar o modelo de saúde nos Estados Unidos, mas pode ser aplicado ao Brasil também. É um dos setores em que investimos", acrescenta o empresário.

DESTRUIÇÃO CRIATIVA

A Mckinsey pretende disseminar no país uma metodologia que desmonta produtos em busca de possibilidades de inovação, corte de custos e conquista de mercado, segundo Camilo Martins, sócio da firma.

A destruição criativa do produto pode gerar ganhos de 10% a 20% de margem operacional, de acordo com a empresa de consultoria.

No setor de bens duráveis e embalagens de produtos de alimentos, a melhora na margem pode ser de 10% a 15%. Na indústria automotiva seria possível chegar em 20%, em um prazo de 6 a 12 meses.

"Ao desconstruir o produto, identificamos as características que os consumidores valorizam. Assim, é possível reformulá-lo, adicionando recursos que promovem vendas e eliminando o que é desnecessário e gera custos", diz.

A firma tem no exterior nove laboratórios, para onde artigos feitos no Brasil podem ser enviados.

Desde a sua implantação, cerca de 11 mil produtos já foram analisados.

O tema fará parte da Conferência i3, que a firma realizará neste mês no Brasil.


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