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Após 19 semanas, economistas elevam previsão para o PIB

Projeção do Focus estava em queda desde maio; revisão é motivada pela recuperação da produção industrial

Expectativa cresce de 0,24% para 0,28% neste ano; para 2015, estimativa é de crescimento de 1%

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Pela primeira vez em mais de quatro meses, os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus elevaram a previsão de crescimento da economia brasileira para 2014.

A projeção estava em queda desde o levantamento de 30 de maio, dia em que foi anunciado o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre deste ano. Em 19 revisões seguidas, sempre para baixo, a mediana das estimativas caiu de 1,63% para 0,24% no início de outubro.

No levantamento mais recente, divulgado nesta segunda (13), passou para 0,28%.

Segundo analistas, a melhora se deve, principalmente, à recuperação da produção industrial, que cresceu 0,7% em julho e 0,7% em agosto. Dados preliminares em relação a setembro também apontam elevação da atividade econômica no terceiro trimestre, depois das quedas registradas no primeiro e no segundo trimestres.

Economistas ouvidos pela Folha consideram, entretanto, que as projeções para o crescimento neste ano não devem sofrer grandes modificações nos próximos meses e ficarão em torno de 0,3%.

Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, afirma que o mercado foi um pouco pessimista ao rebaixar as estimativas de crescimento para 0,24%. Ela projeta expansão de 0,3% para o ano.

"Para alcançar isso, é necessário crescer 0,4% no terceiro e no quarto trimestres, o que não é tão fácil assim. Não tem espaço para ficar muito acima disso."

Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos INVX Global, afirma que o PIB deve crescer no segundo e no terceiro trimestres deste ano, mas que será uma expansão a taxas baixas, que não levará o país rapidamente de volta aos níveis que configurariam uma retomada.

O economista diz ainda que a pesquisa Focus demorou a refletir uma desaceleração que já estava clara havia tempo, o que é explicado pelo fato de que são poucos os participantes que atualizam seus dados constantemente.

2015

Para 2015, os economistas consultados pelo BC preveem crescimento de 1%, mas a avaliação de alguns analistas é que o prognóstico pode ser revisto para cima a depender do resultado das eleições.

A Tendências projeta crescimento de 1% na hipótese de reeleição da presidente Dilma Rousseff e de 1,6% no caso de vitória de Aécio Neves.

A avaliação é que o tucano anunciará medidas que ajudarão na recuperação da confiança e dos investimentos, o que compensaria em parte o efeito negativo de ajustes na economia, principalmente na área fiscal, que ambos teriam de promover no próximo ano.

O Focus é um levantamento feito com cerca de cem analistas do setor público e privado. Inclui estimativas de bancos, empresas, gestores de recursos e consultorias, por exemplo. No primeiro levantamento do ano, em janeiro de 2014, a estimativa de avanço estava em 2,28%.

O governo também vem reduzindo suas projeções para este ano. O BC, por exemplo, cortou a sua previsão de 2% para 0,7% ao longo deste ano. O Ministério da Fazenda, de 2,50% para 0,90%.

Já o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê crescimento de 0,3%.


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