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Minério em alta eleva fatia de MG e PA no PIB municipal

Commodity subiu 83% em 2010 e fez cidades produtoras ganharem espaço

Regiões de soja perdem peso devido à queda no preço; 6 cidades concentram 25% do PIB brasileiro em 2010

PEDRO SOARES DO RIO

Diante de preços mais altos de commodities sobretudo do minério de ferro, cidades como Vitória (ES) e municípios de Minas Gerais e Pará ganharam peso no PIB brasileiro em 2010.

Segundo o IBGE, seis cidades concentravam 25% do PIB em 2010, uma a mais do que em 2009. Estavam no ranking São Paulo (participação de 11,8% no PIB), Rio de Janeiro (5%), Brasília (4%), Curitiba (1,4%), Belo Horizonte (1,4%), além de Manaus (1,3%), que entrou naquele ano entre as seis maiores.

Juntas, elas possuíam peso menor na população (13,7%) do que na economia.

Focadas no setor de serviços, as três primeiras perdem peso no PIB do país. Já Vitória, apesar de não estar entre as seis cidades de maior PIB, foi a única capital a aumentar sua participação.

Isso se deve principalmente ao fato de lá ficar o principal porto de escoação, além de diversas usinas de processamento de minério.

Naquele momento, em 2010, na esteira da forte recuperação da economia global pós-crise, os preços do minério de ferro subiram 83%, enquanto os do petróleo avançaram 28%.

No mesmo período, a soja, principal produto agrícola do país, viu suas cotações caírem 20%, apesar do aumento da produção.

Com esse cenário, cidades como Parauapebas (PA) e Itabira (MG), ambas produtoras de minério, avançaram seu peso no PIB da indústria. Já Sorriso e Sapezal (ambas em MT) perderam participação na geração de riqueza agropecuária, segundo o IBGE.

Para o professor do Ibmec Paulo Pacheco, há um "processo lento e gradual de interiorização da economia brasileira" graças ao avanço principalmente da mineração e da fronteira agrícola.

OSCILAÇÕES

Tal processo, ressalva, não é contínuo e vive muito em razão das oscilações de preços das commodities. Em 2011 e 2012, as cotações do minério de ferro, por exemplo, recuaram, o que tende a reduzir o peso das cidades produtoras de Minas Gerais e Pará.

Pelos dados do IBGE, a economia brasileira se manteve muito concentrada, apesar dessa "interiorização" em curso. Metade do PIB do país estava concentrado em apenas 54 cidades. No outro extremo, 1.325 cidades eram responsáveis por apenas 1% das riquezas produzidas.

As capitais viram seu peso recuar no PIB -de 37,1% em 2000 para 34% em 2010, menor patamar da série histórica do IBGE.

Excluídas as capitais, outras 11 cidades destacaram-se, em 2010, como os mais importantes centros econômicos do país, com peso superior a 0,5% cada.

Entre elas, estavam as paulistas Guarulhos, Campinas, Osasco, São Bernardo do Campo, Barueri, Santos, São José dos Campos e Jundiaí.

SERVIÇOS

Dentre os setores, o que menos concentrava a geração de renda era o de agropecuária. Em 2010, 221 cidades respondiam por 25% do PIB desse ramo de atividade.

Já nos serviços, apenas duas cidades (São Paulo e Rio de Janeiro), sozinhas, abocanhavam uma participação similar a essa no PIB do setor.

Na indústria, por sua vez, dez cidades eram responsáveis por um quarto do PIB. Na indústria, as maiores participações ficaram, em 2010, com São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus (2%) e a fluminense Campos de Goytacazes, produtora de petróleo.


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