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Gastos de turistas brasileiros no exterior atingem novo recorde

Em novembro, aumento foi de 15% em relação a igual mês do ano passado, segundo o BC

No mesmo mês, cresceu a entrada de investimentos estrangeiros para
o setor produtivo

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

Apesar do dólar mais caro, as despesas de turistas brasileiros no exterior atingiram novo recorde em novembro.

Os brasileiros gastaram US$ 1,8 bilhão em visitas a outros países no mês passado, 15% mais do que há um ano, segundo informou o Banco Central.

No acumulado de 2012, os viajantes deixaram lá fora US$ 20,2 bilhões, valor também recorde e 3,9% superior ao registrado no mesmo período de 2011 (US$ 19,489).

Segundo o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, esse crescimento reflete o aumento da renda no país.

Mas, embora os gastos com viagens a outros países estejam batendo novos recordes, o crescimento neste ano está mais moderado do que em 2011, destacou.

Em novembro, especificamente, houve uma alta mais intensa devido à base de comparação. Segundo Maciel, em novembro do ano passado houve uma oscilação mais forte da moeda americana, o que retraiu os gastos de turistas brasileiros no exterior.

"Esse gasto é muito sensível às variações do dólar", afirmou Maciel.

A previsão é que essa despesa continue crescendo. A diferença entre os gastos de turistas estrangeiros aqui e os de brasileiros lá fora deve fechar negativa em US$ 15,5 bilhões neste ano e em US$ 16,3 bilhões em 2013.

De janeiro a novembro, visitantes de outros países deixaram US$ 6,1 bilhões aqui, cifra também recorde.

INVESTIMENTO

O fluxo de investimentos estrangeiros para o setor produtivo brasileiro voltou a surpreender positivamente.

No mês passado, entraram no país US$ 4,6 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), maior valor para novembro desde 2000.

Com os bons resultados dos últimos meses, o BC elevou a projeção para a entrada total de IED em 2012 para R$ 63 bilhões. Para 2013, a expectativa é que US$ 65 bilhões ingressem no Brasil em investimento produtivo.

A entrada de recursos produtivos acumulada tem sido suficiente para cobrir o rombo nas transações correntes, que incluem as trocas comerciais de bens e serviços e o fluxo de renda entre o Brasil e o exterior.

A projeção do BC é que essas transações vão fechar o ano com saldo negativo de US$ 52,5 bilhões.

No ano que vem, a expectativa é que a aceleração da economia brasileira aumente a saída de dólares devido à elevação dos gastos com importações e remessas de lucros das multinacionais para suas matrizes.

Já o fluxo de investimento produtivo permanecerá forte, mas terá apenas uma pequena alta em relação a 2012.

O BC projeta que o IED fechará 2013 em US$ 65 bilhões, mesmo valor estimado para o deficit das transações correntes.


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