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Balança deve ter 'saldinho' comercial no próximo ano

Em 2013, diferença entre exportação e importação será menor que US$ 15 bi

Soja deve ultrapassar minério e liderar as exportações; com queda de 39%, saldo de 2012 é o menor em dez anos

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

Após registrar em 2012 o pior superavit em dez anos, a balança comercial brasileira caminha para um saldo ainda menor no próximo ano.

As estimativas para a diferença entre exportações e importações em 2013 variam entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões, segundo analistas consultados pela Folha. Para este ano, é consenso um superavit de US$ 18 bilhões, queda de 39% ante 2011.

O saldo deve cair em 2013 porque a exportação deve ser menor do que neste ano e a importação permanecerá estável ou subirá pouco. Um economista estimou alta nas vendas externas, mas vê as compras avançarem mais, por isso a queda no superavit.

Responsáveis por dois terços das exportações, as matérias-primas explicam o comportamento da balança.

No ano passado, a queda nos preços -com exceção dos grãos, que subiram afetados pela seca- reduziu as receitas. No próximo, o volume de vendas também pode cair.

Em 2012, o Brasil deve exportar US$ 14 bilhões a menos do que em 2011, segundo a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).

Só em minério de ferro, principal produto da pauta exportadora, a perda será de US$ 12 bilhões. O estrago deve-se à queda de 25% no preço, pois o volume não mudou.

Para 2013, José Augusto de Castro, presidente da AEB, acredita em nova retração nos preços, de 5%, agora acompanhada também por queda de 3% na quantidade. "A Vale já avisou que vai reduzir a produção em 6%."

A crise na Europa, que absorve 20% das exportações do Brasil, preocupa, assim como a economia chinesa.

Alguns economistas preveem, no entanto, recuperação nos preços do minério em 2013. Para Rodrigo Branco, da Funcex, a alta será de 25%. Já Bruno Lavieri, da Tendências, vê modesta retomada.

SOJA LIDERA

A soja, mais uma vez, deve segurar a balança. A AEB estima que as exportações de grãos, farelo e óleo atinjam US$ 31,5 bilhões em 2013, ultrapassando o minério, com US$ 28,3 bilhões. O produto deve, portanto, se tornar pela primeira vez o principal item da pauta brasileira.

As projeções para a importação variam conforme as expectativas para a economia. Embora veja fraqueza no consumo, especialmente de automóveis, Castro estima alta de 0,4% nas compras.

Fábio Silveira, da RC Consultores, vê o varejo mais aquecido e acredita em aumento no volume de compras do exterior, mas queda nos preços. "Com isso, as importações devem permanecer estáveis em 2013", diz.

Lavieri vê alta de 12% nas importações devido ao maior crescimento econômico.


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