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Gradiente promete disputar com Apple a marca "iphone"
Brasileira detém os direitos no Brasil sobre o nome do smartphone da gigante dos EUA
A dona da Gradiente lançou ontem sua linha iphone de smartphones e quer lutar pelo direito de uso no Brasil da marca internacionalmente vinculada aos aparelhos da Apple -segundo o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), foi a Gradiente a primeira a fazer o pedido de registro do nome iphone.
Em recuperação judicial, a IGB (ex-Gradiente) arrendou marcas e ativos à CBTD (Companhia Brasileira de Tecnologia Digital). No pacote estava a marca "Gradiente iphone", concedida pelo Inpi em 2008, e até agora sem uso.
Como o prazo de cinco anos para usar a marca estava se esgotando, a IGB poderia perder os direitos sobre ela. Isso motivou o lançamento do celular "One", segundo Eugênio Staub, presidente do conselho da CBTD. "Vamos fazer valer esse direito[de uso da marca iphone no país]."
Sem direitos sobre a marca iPhone para celulares no Brasil, a Apple fez o pedido de registro ao Inpi, que deve ser negado em 2013. A Apple já conseguiu o direito de uso desse nome para roupas, brinquedos e publicações.
Staub não fala em medidas, mas diz ter "uma lista de providências" para tomar. "Não vai dar para ter dois [itens com a mesma marca]."
Para especialistas, a disputa tende a parar na Justiça. Mas as empresas podem tentar um acordo ou recorrer a processos de arbitragem. A venda também é uma opção.
A divergência lembra a da Apple com a Proview, detentora da marca ipad na China. Em julho, a Apple pagou US$ 60 milhões à empresa.
Para Staub, a remuneração dos credores da IGB depende do sucesso da CBTD. Em 2011, a empresa recebeu investimento de R$ 78 milhões, de empresas e fundos de pensão como a Petros.
