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Brasil tem menor saldo de novos postos de trabalho desde 2009
De janeiro a novembro, houve queda de 24% na criação de vagas
A economia brasileira criou 1,8 milhão de novos postos de trabalho até novembro deste ano, o menor saldo para o período desde 2009, ano em que o país ainda se recuperava da crise financeira mundial.
No mês passado, foram gerados 46 mil novos empregos formais, resultado 8% superior ao verificado no mesmo mês de 2011, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Mas o resultado positivo de novembro não foi suficiente para reverter o desempenho do ano. De janeiro a novembro, houve queda de 24% na criação de vagas com carteira assinada frente ao mesmo período do ano passado.
Com isso, a previsão do governo é que o país feche 2012 com saldo de 1,4 milhão de novos postos de trabalho -tradicionalmente, há mais demissões do que novas vagas criadas em dezembro. Em 2011, o saldo ficou em 1,9 milhão de novos empregos.
O ritmo mais baixo de criação de postos de trabalho reflete a desaceleração da economia brasileira, que deve crescer apenas 1% este ano, segundo as estimativas do último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central. O documento reúne as projeções dos analistas de mercado sobre a economia do país.
Os setores que mais vêm contribuindo para a geração de emprego são comércio e serviços. Juntos, esses setores representaram quase 70% do total de novas vagas criadas no país nos 11 primeiros meses deste ano.
Em novembro, comércio e serviços foram os únicos com desempenho positivo entre os oito pesquisados pelo governo. O setor de comércio criou 109.617 mil novas vagas, e o de serviços, 41.538.
A atividade econômica com pior resultado no mês passado foi a da construção civil, com uma diminuição de 41.567 vagas com carteira assinada.
