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Belo Monte conclui desvio de rio e evita atraso
Barragem provisória, alvo de protestos, era necessária para construção de casa de força
A Norte Energia, empresa responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), anunciou ontem que concluiu uma das partes mais polêmicas da obra: uma ensecadeira (barragem provisória) para desviar o rio Xingu, permitindo a construção da casa de força complementar da usina.
Essa ensecadeira foi alvo de diversos protestos de índios e pescadores, pois sua construção impede a passagem pelo rio.
Para permitir a navegação, a empresa também construiu um sistema de transposição, que é um guincho usado para atravessar as embarcações por cima da barragem.
O sistema já está operando para pequenos barcos.
O risco de atraso na conclusão desse trecho da obra preocupava a Norte Energia.
Caso não terminasse a obra agora, o período das chuvas, que começa neste mês, só permitiria a construção em meados do próximo ano, atrasando a construção da casa de força.
Com a conclusão da ensecadeira, a empresa considera que a obra está dentro do cronograma, cujo início de geração de energia está previsto para 2015.
Belo Monte deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com capacidade de 11.200 MW. Sua conclusão está prevista para 2019.
A obra tem sido alvo de protestos constantes de ambientalistas, índios e moradores afetados, que reclamam dos impactos da futura hidrelétrica.