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Vendas do varejo esfriam com 'Natal da lembrancinha'

Shoppings registram 6% de crescimento nas vendas no feriado, ante os 7% de alta alcançados no ano passado

Gasto médio por item foi 20% menor; lojas de rua sofreram impacto até das chuvas, diz Associação Comercial de São Paulo

MARIANNA ARAGÃO CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

O endividamento dos consumidores, o excesso de promoções e até as chuvas de verão fizeram com que as vendas de Natal neste ano ficassem abaixo das expectativas dos varejistas.

O faturamento dos lojistas de shoppings centers cresceu 6% em 2012 em relação ao Natal do ano passado, segundo dados da Alshop (associação dos lojistas de shoppings) divulgados ontem.

O percentual, porém, considera as vendas de 6.200 novas lojas inauguradas em centros de compras neste ano. Sem elas, a expansão foi de 3%, segundo a Alshop.

"Foi um pouco mais fraco que no ano passado, resultado do esfriamento da economia combinado com o custo Brasil, que afeta o setor", diz Nabil Sahyoun, da associação dos lojistas de shoppings.

No Natal do ano passado, as vendas haviam crescido 7% em relação a 2010.

Dados da Boa Vista Serviços, empresa que administra o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), mostram que as vendas cresceram 4,1% na semana que antecedeu o Natal (dias 17 a 24), comparadas a igual semana do ano passado.

"Até as chuvas atrapalharam as vendas das lojas de rua. Quem foi comprar preferiu se abrigar nos shoppings", diz Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, que reúne 20 mil associados. A expectativa era de expansão de 6% a 7% nas vendas de Natal.

Um dos indicadores de que o desempenho do comércio no feriado ficou aquém do desejado são as liquidações iniciadas ontem, um dia após o Natal. Em anos anteriores, ocorriam na metade de janeiro ou até início de fevereiro.

"Desde 2010, há uma antecipação cada vez maior dos saldões. Ou porque as vendas foram fracas ou porque os estoques estão elevados demais. Com isso, aumenta a cada ano o número de consumidores que fazem suas compras pós-Natal para aproveitar condições melhores", afirma Solimeo.

Casas Bahia, Lojas Marisa e Magazine Luiza são algumas das redes que iniciaram ontem megaliquidações.

MENOR VALOR

Neste ano, o brasileiro também comprou presentes mais baratos. O gasto médio de venda foi de R$ 65 por presente, 20% menor que o do Natal do ano passado.

As vendas de itens de menor valor, como cosméticos e bijuterias, que cresceram 14% ante 2011, provam que esse foi mesmo o "Natal das lembrancinhas".

Em shoppings populares, o valor gasto em cada presente variou entre R$ 35 e R$ 50. Em shoppings mais sofisticados, ficou entre R$ 80 e R$ 120, segundo a Alshop.

COMÉRCIO ELETRÔNICO

No varejo eletrônico, as vendas também ficaram abaixo das previsões. Com expectativa de crescer 25%, as lojas virtuais tiveram expansão de 18% em relação ao Natal do ano passado, segundo a consultoria e-bit.

"Ações como a 'Black Friday' podem ter desviado os consumidores das compras de Natal", afirma a diretora de negócios da e-bit, Cris Rother.


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