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Reservatórios do Nordeste estão no limite
Hidrelétricas da região estão no nível mínimo de segurança para garantir abastecimento
O nível de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas do Nordeste caiu para 32,8% e atingiu a "curva de aversão ao risco".
A "curva" é o indicador que garante o atendimento pleno da demanda na região e é considerado o limite mínimo de segurança, segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Ela define o nível mínimo de armazenamento dos reservatórios necessário para garantir o abastecimento da região com segurança, se considerada a utilização de todos os recursos disponíveis.
No Nordeste, o indicador de segurança é exatamente de 32,8%.
Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% de toda a capacidade de armazenamento do país, estão com 29% de sua capacidade de estoque -a somente 1,4 ponto percentual da sua "curva de aversão ao risco" (27,6%).
Na região Sul, os reservatórios estão com 33,8% de armazenamento -a 13 pontos percentuais da "curva de aversão ao risco" (20,8%).
No Norte, os reservatórios estão com 40,7% de acumulação. Não existe uma "curva de aversão ao risco" na região porque a forma de operação no Norte explora o máximo de seus reservatórios.
Em dezembro, o nível de armazenamento caiu 3,8% no Sul, 2,9% no Sudeste/Centro-Oeste e 1,5% no Nordeste. No Norte, subiu 1,8%
Com o nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas, as usinas termelétricas operam a plena carga, encarecendo a tarifa e ameaçando o preço da energia também para o ano que vem.
CONSUMO CRESCE
Para complicar a situação, o forte calor tem elevado o consumo de energia.
Em novembro, o consumo de energia subiu 6,3% no país ante o mesmo mês de 2011, o maior avanço no ano, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética)
O consumo de energia pela indústria em novembro cresceu pela primeira vez no ano desde maio.
O setor residencial também deu um salto em novembro, impactado pela forte onda de calor e liderado pela região Norte, que registrou aumento de consumo de 14,4% em relação há um ano.
No Centro-Oeste, a alta foi de 13,6%; no Sul, de 11,7%; no Sudeste, de 9,9%; e, no Nordeste, de 5,6%.