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Finanças pessoais

Os principais fatos que impactaram as suas finanças em 2012

O ano de 2012 foi cheio de novidades que mexeram com seu bolso e, de alguma forma, impactaram seu orçamento.

O fator surpresa marcou presença e muitas das previsões feitas pelos especialistas não se realizaram.

Mesmo para os mais disciplinados, que planejam cuidadosamente as suas finanças, foi um ano que exigiu mudança de hábitos. Foi preciso repensar e reavaliar despesas, negociar contratos e redirecionar investimentos.

JUROS

Após dez cortes consecutivos definidos pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a taxa básica de juros, a Selic, referência para a economia, caiu mais de cinco pontos percentuais em 12 meses e atingiu o menor patamar histórico: 7,25% ao ano.

Como a inflação não caiu com a mesma intensidade, a taxa de juros real brasileira recuou significativamente, embora ainda esteja entre as quatro maiores do mundo.

A nova realidade de juros baixos teve impactos significativos para os investidores, os tomadores de crédito e o setor produtivo.

POUPANÇA

O governo alterou a regra de remuneração dos depósitos em poupança realizados a partir de 4 de maio de 2012.

Sempre que a taxa Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano, o investidor receberá 70% da taxa Selic vigente. Os juros de 0,5% ao mês continuam a ser creditados para os saldos preexistentes, até 3 de maio de 2012.

Apesar da redução, a poupança continua competitiva, pois oferece rendimentos isentos do pagamento de taxas bancárias e Imposto de Renda.

O desafio do poupador consiste em preservar os depósitos antigos para assegurar rentabilidade líquida de 6% ao ano, coisa rara no contexto atual.

CRÉDITO

O governo declarou guerra aos juros altos cobrados nas operações de crédito. Reduziu significativamente as taxas dos empréstimos concedidos pelos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), forçando o setor privado a reduzir os custos também.

Quem tinha (e tem) contratos em aberto pode renegociar suas dívidas, buscando condições mais favoráveis.

Novos empréstimos puderam ser contratados, nas diversas modalidades, com taxas de juros menores.

Mas é preciso cuidado! A oferta ampliada de crédito não dispensa a necessidade de um bom planejamento financeiro antes de assumir dívida e preparar o orçamento para um novo compromisso.

APOSENTADORIA

Dois fatores determinam a quantia de dinheiro que você será capaz de acumular no futuro: taxa de juros e tempo.

E, conforme sua capacidade de poupança mensal, o montante acumulado será maior ou menor e virá em mais tempo ou menos.

A redução drástica na taxa de juros vivenciada em 2012 alterou profundamente a dinâmica de acumulação de recursos financeiros para a sua aposentadoria.

Para atingir a quantia de dinheiro necessária, você precisa poupar mais regularmente ou poupar por mais tempo. Ou seja, começar a poupar mais cedo ou se aposentar mais tarde. Aumentou, assim, a importância do planejamento financeiro, agora fundamental para alcançar esse objetivo de longo prazo.

DÓLAR

O governo também alterou a política fiscal ao longo de 2012. Podemos observar que a taxa de câmbio tem oscilado dentro de uma faixa de preço entre R$ 2,00 e R$ 2,20, nível considerado adequado para melhorar o equilíbrio das contas externas.

Com isso, ficou mais caro e mais incerto acumular recursos para despesas que serão realizadas em moeda estrangeira.

O planejamento financeiro mais uma vez se faz necessário para não comprometer metas de viagens e cursos no exterior, por exemplo.

IMÓVEIS

O mercado imobiliário está muito aquecido. O preço do metro quadrado subiu muito em algumas capitais do país, e o sonho da casa própria teve de ser repensado.

É bem verdade que os juros dos financiamentos imobiliários caíram, mas, como os preços dos imóveis subiram bastante, o seu planejamento deve ser refeito.

Reavalie o momento da compra, o tipo, o tamanho e a localização do imóvel, além do montante da dívida.

INVESTIMENTOS

Parece que os bons tempos de investimentos rentáveis e seguros em renda fixa ficaram no passado.

Juros nominais baixos, inflação alta e custos elevados podem resultar em taxa de juros real (acima da inflação) negativa. Assim, o investidor brasileiro precisa sair da zona de conforto que durou anos a fio e procurar novas alternativas de investimento.

Para ganhar mais, será preciso arriscar-se e entender que risco não é sinônimo de perda. Riscos conhecidos e bem administrados, em horizonte de tempo médio e longo, podem gerar bom retorno.

Analise as alternativas disponíveis no mercado e diversifique seus investimentos, respeitando seus objetivos e tolerância a riscos.

FUTURO

Certamente outros fatos impactaram as suas finanças, consequências de decisões próprias tomadas ao longo do ano. Compartilho um pensamento de Confúcio para reflexão e ações em 2013.

"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e perdem o dinheiro para recuperá-la; por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido. O que importa, antes de tudo, é o momento presente, criador do amanhã. Somos escravos do ontem, mas somos donos do nosso amanhã."

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