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De olho no trem-bala, asiáticas formam 'corredor' no interior de SP

Perspectivas de avanços em logística atraem empresas japonesas, sul-coreanas e chinesas à região

Com R$ 7,9 bilhões em investimentos, grupos respondem por mais da metade dos aportes anunciados desde 2008

MARÍLIA ROCHA DE CAMPINAS

Empresas japonesas, sul-coreanas e chinesas têm ampliado a presença em São Paulo nos últimos cinco anos e já formam um "corredor" asiático no interior, em especial nos setores automotivo e de máquinas.

Com a chegada dessas empresas, cidades como Americana e Santa Bárbara d'Oeste experimentam mudanças no ambiente de negócios.

Os grupos asiáticos que optaram pelo interior paulista associam as decisões de investimento à perspectiva de avanços na infraestrutura logística no país e na região.

Reforçam a escolha os projetos de ampliação do aeroporto de Viracopos e de construção do trem-bala, que deve ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro até 2019.

"A região já tinha antecedentes, como a Samsung [em Campinas], e também recebe investimentos de outros países, mas houve notável aprofundamento da presença de asiáticos", diz Margarida Kalemkarian, analista da Fundação Seade.

Segundo a Investe São Paulo, que acompanha anúncios de investimentos no Estado desde 2008, mais da metade dos R$ 15,3 bilhões em aportes nos últimos quatro anos foi de empresas asiáticas.

Ao menos 15 indústrias anunciaram R$ 7,9 bilhões (51% do total) para a região.

O número é maior se consideradas empresas fornecedoras que chegam para abastecer a produção das outras.

Em Piracicaba, por exemplo, a Hyundai trouxe nove fornecedoras sul-coreanas. "A vinda de uma empresa asiática gera efeito cascata na atração de outras", diz José Antonio de Godoy, secretário de Governo de Piracicaba.

CAPACITAÇÃO

Para Luiz Carlos Martins, que foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, a região tem buscado capacitação para atrair mais investimentos. "Até 2007, era inimaginável sermos procurados por empresas asiáticas."

A cidade recebeu as coreanas Doosan (máquinas) e Dabo (metalurgia), com aportes que superam R$ 200 milhões.

As japonesas Denso e TRBR (metalurgia) iniciaram negociação para se instalar em Santa Bárbara d'Oeste em 2007. "O ambiente geral de negócios está melhor, mas esse crescimento de asiáticos é uma surpresa nesta década", diz Rogério Bosco, secretário de Desenvolvimento Econômico na última gestão.


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