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Setor de caminhões e ônibus espera retomada

Previsão é crescer 8% neste ano, após retração de 18% em 2012 influenciada pelo novo diesel

VENCESLAU BORLINA FILHO DO RIO

O conjunto de benesses governamentais não foi suficiente para conter a queda recorde de 18,1% nas vendas de caminhões e ônibus em 2012, mas será fundamental para o crescimento de até 8% em 2013, segundo o setor.

A estimativa está calcada na renovação antecipada, para o próximo ano, das medidas anunciadas em agosto: taxa de juros abaixo da inflação -de 3% até junho e de 4% a partir de julho- e IPI zero.

"No nosso caso, as medidas foram tomadas na hora certa. Agora é a hora de estimular. Se não fossem essas medidas, a queda nas vendas poderia ser de 30%, uma calamidade", disse Roberto Cortes, presidente da fabricante de caminhões MAN.

"É a primeira vez que temos uma visão de médio prazo. Sabemos as regras do jogo, o mercado está voltando a aquecer e isso vai permanecer", disse Tania Silvestri, diretora de vendas e marketing para caminhões da Mercedes-Benz no Brasil.

RAINHA

A presidente Dilma Rousseff, mentora das medidas de incentivo, tem sido chamada de "a nova rainha dos caminhoneiros". Somente o programa de compras governamentais deve injetar R$ 4,39 bilhões no setor.

"O juro abaixo da inflação entra como geração de receita para o investidor", disse Valdner Papa, diretor da Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos). Cerca de 95% das vendas do setor são financiadas.

NOVO DIESEL

A queda apurada em 2012 (até a primeira quinzena de dezembro) foi de 18,19% -para 161.711 unidades- em relação a 2011. Em 2009, quando o setor foi fortemente impactado pela crise mundial, a queda foi de 11,95%.

A principal causa para o resultado foi a entrada em vigor do novo diesel S50 (Euro 5). Menos poluente por causa da menor quantidade de enxofre, exigiu a readequação dos motores, o que encareceu em até 10% os preços dos veículos.

A indústria previa queda de demanda, mas não tão profunda. O agravamento da crise a partir de abril dificultou a retomada, o que aconteceu somente em outubro. Além disso, houve a restrição ao crédito pelos bancos.

Com o IPI zerado, é possível vender os caminhões com preço até 5% menor.


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