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México tira do Brasil posto de 'queridinho' da região

DE SÃO PAULO

O México parece ter recuperado do Brasil o posto de "queridinho" dos investidores na América Latina.

Existe a percepção de que tanto o pessimismo com a economia mexicana pós-crise quanto o otimismo com a brasileira foram exagerados.

Segundo a consultoria Consensus Forecast, as projeções de expansão do México no longo prazo aumentaram de 3,6% para 3,8% entre abril de 2010 e outubro de 2012. Já as do Brasil murcharam de 4,5% para 3,9%.

"Entre 2004 e 2010, o Brasil roubou a atenção dos investidores. Existia a percepção de que o país iria se desenvolver em um ambiente de economia de mercado", diz Marcelo Kayath, chefe de renda fixa e variável do Credit Suisse para a América Latina.

Kayath acredita que agora existe uma impressão de interferência maior do governo brasileiro na economia. O México vai na direção contrária.

"O México cresce mais, com a perspectiva de menos interferência do governo."

As indicações de que o México implementará reformas para tornar a economia mais dinâmica alimentam as apostas favoráveis.

"O pequeno apetite por reformas estruturais no Brasil contrasta com um cenário mais positivo para o México", afirma Irene Mia, diretora de América Latina da EIU (Economist Intelligence Unit).

Irene destaca que a prioridade do recém-empossado presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, é aprovar medidas para reduzir a dependência das contas públicas da área de energia (um terço das receitas do governo vem do setor de petróleo).

Em paralelo, planeja-se uma abertura gradual da área de energia (controlada pelo governo) para aumentar sua capacidade de investir.

O governo anterior já tinha aprovado uma ampla reforma trabalhista.

João Pedro Bumachar, economista do Itaú Unibanco, diz que a forte desvalorização do peso mexicano após a crise de 2008 e o encarecimento da mão de obra chinesa contribuíram para tornar a indústria do país latino-americano mais competitiva.

"Temos uma visão mais positiva do México do que do Brasil", diz Katherine Weber, analista da Business Monitor International (BMI).

Segundo ela, se as reformas forem mesmo aprovadas, terão um forte impacto na capacidade de crescimento da economia mexicana. (EF)


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