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Argentina ajuda a derrubar saldo comercial

Recuos na exportação para o vizinho, para a UE e para a China são o responsáveis pela queda de 35% no superavit

Saldo no ano é o menor desde que o PT assumiu o poder; Petrobras adia registro de importações e evita queda maior

DE BRASÍLIA

A queda de 20,7% das exportações brasileiras para a Argentina foi uma das principais responsáveis pelo pior superavit comercial anual do Brasil desde que o PT assumiu o poder.

A diferença entre as exportações e as importações resultou em um saldo positivo de US$ 19,4 bilhões na balança brasileira, o mais baixo desde 2002.

As importações de produtos brasileiros pela Argentina caíram 20,7%. O recuo foi mais agudo até do que a das vendas para a União Europeia (-7,7%), que vive grave crise econômica.

Para o governo, a piora desses dois mercados, a queda dos preços de matérias-primas como o minério de ferro e o aumento das barreiras comerciais em vários países foram os fatores que levaram à queda no saldo comercial.

O recuo no superavit foi de 34,9% em relação aos US$ 29,7 bilhões de 2011.

As vendas para a China, principal parceiro comercial brasileiro, recuaram 7% no ano passado, para US$ 41,2 bilhões, sob influência principalmente da queda do preço do minério de ferro.

A participação da Argentina nas exportações brasileiras recuou de 8,9% em 2011 para 7,4% em 2012. A da União Europeia, de 20,7% para 20,1%.

Como a situação permanece delicada no país vizinho, que vem aumentando o uso de barreiras comerciais, o governo brasileiro acredita que ainda é "incerta" a retomada das compras pelo país.

A crise na UE também é motivo de preocupação.

O Ministério do Desenvolvimento diz que o resultado se enquadra nas expectativas que haviam sido feitas desde o início do ano.

"O saldo superou o que era previsto por muitos. Desde o início do ano, antecipávamos que seria um ano difícil", afirmou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Em 2012, as vendas para o exterior somaram US$ 242,6 bilhões, queda de 5,3%. Já as importações caíram 1,4%, para US$ 223,1 bilhões.

O comércio exterior encolheu. A chamada corrente de comércio (soma de exportações e importações) recuou 3,4%, de US$ 482,3 bilhões em 2011 para US$ 465,7 bilhões no ano passado.

EFEITO PETROBRAS

A secretária afirmou que o saldo comercial poderia ter sido ainda menor, uma vez que a Petrobras ganhou um prazo extra para registrar importações de 2012.

As transações, quando divulgadas, farão parte do balanço de 2013.

"É possível e provável que tenhamos operações a serem registradas, mas num valor bastante inferior ao de novembro", disse a secretária. Naquele mês, as importações de combustíveis atingiram US$ 4,5 bilhões.

Prazeres evitou atribuir uma meta numérica para o resultado da balança comercial em 2013.

Em dezembro a balança registrou superavit de US$ 2,2 bilhões -queda de 40,8% ante o resultado de dezembro de 2011.


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