Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

País ganha 7,4% menos com matéria-prima

As commodities, tradicionais propulsoras da balança comercial brasileira, perderam ritmo no ano passado. Dois dos principais produtos da pauta de exportação -minério de ferro e petróleo- renderam bem menos do que em 2011.

Já a soja, outro importante componente do saldo comercial, teve exportações recordes em 2012.

Na média, os produtos básicos tiveram queda de 7,4% no valor financeiro obtido em 2012, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento divulgados ontem.

O segundo principal item da balança de commodities, o complexo soja -que inclui soja em grão, farelo e óleo de soja-, proporcionou receitas de US$ 26 bilhões, conforme dados preliminares da Secex.

As vendas externas de minério recuaram para US$ 31 bilhões no ano passado, enquanto as de petróleo caíram para US$ 20 bilhões.

As exportações de soja, um dos itens que mais avançaram no ano passado na balança do agronegócio, tiveram pouca evolução no volume, mas grande desempenho nos preços recebidos.

As exportações de soja em grão atingiram 32,9 milhões de toneladas, volume próximo do de 2011, mas as receitas foram a US$ 17,5 bilhões, um aumento de 7% no ano.

As receitas das carnes -frango, bovina e suína- ficaram em US$ 13 bilhões, um volume próximo do de 2011. Essa estabilidade ocorre porque a queda nas exportações no setor de frango foi compensada por maiores receitas em carnes bovina e suína.

Um dos grandes recuos na balança comercial foi no café. As exportações estão abaixo de 30 milhões de sacas, com receitas 29% inferiores ao recorde de US$ 8,7 bilhões de 2011.

Mãos trocadas 1 As exportações brasileiras de açúcar refinado e bruto recuaram 14% no ano passado, para US$ 12,8 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Oferta maior derrubou os preços da commodity no mercado internacional.

Mãos trocadas 2 Já as vendas de etanol encontraram um bom mercado externo no ano passado, principalmente nos Estados Unidos. As receitas com a venda do combustível foram a US$ 2,2 bilhões, 47% mais do que em 2011.

Volume 1 O volume exportado de carnes (frango, bovina e suína) se manteve bom no mês passado, superando o de novembro e o de igual período de 2011. Os dados da Secex indicam vendas apenas de carne "in natura".

Volume 2 As exportações de carne bovina atingiram 84 mil toneladas, 33% mais do que em dezembro de 2011. Já as de carne suína foram de 32 mil toneladas, uma alta de 7%. As de frango ficaram em 314 mil, estáveis em relação às de dezembro de 2011.

Seca faz venda externa de milho subir 97% em valor

O Brasil se beneficiou das secas ocorridas em várias partes do mundo, principalmente da verificada no Meio-Oeste norte-americano, e exportou o recorde de 19,8 milhões de toneladas de milho no ano passado.

Esse volume superou em 108% o de 2011 e trouxe receitas de US$ 5,4 bilhões, 97% mais do que no ano anterior.

Foi um ano atípico para o Brasil. Além da quebra na safra mundial de milho, houve recuo na produção de trigo, elevando ainda mais a procura mundial pelos cereais.

As exportações do ano passado permitiram uma desova dos estoques brasileiros -engordados pela elevada produção. Neste ano, as exportações devem continuar boas, mas podem não atingir o recorde de 2012.

Receitas com minério de ferro recuam 26% em 2012

O minério de ferro foi a principal perda da balança de commodities no ano passado. Após ter atingido US$ 41,8 bilhões de receitas em 2011, esse setor rendeu apenas US$ 31 bilhões de janeiro a dezembro do ano passado.

Além de queda no volume exportado, principalmente no início do ano, quando o excesso de chuva ocasionou problemas no escoamento da matéria-prima, o minério teve redução de preços no mercado internacional.

A perda de receita não foi tanto pela redução de volume exportado, que ficou pouco abaixo do de 2011, mas pela desaceleração dos preços.

A tonelada de minério de ferro, negociada a US$ 108 em dezembro de 2011, estava a US$ 87 no mês passado, segundo a Secex.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página