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Assessores de Dilma defendem mudanças na equipe econômica

Avaliação é que presidente deveria devolver ao Ministério do Planejamento a função de formular políticas, com Nelson Barbosa no comando

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

A presidente Dilma ainda não analisa concretamente o tema, mas assessores já falam nos bastidores que ela deveria aproveitar uma eventual reforma ministerial neste ano para fortalecer e arejar sua equipe econômica.

A avaliação de auxiliares presidenciais é que a chefe deveria devolver ao Ministério do Planejamento a antiga função de formulador de política econômica.

O objetivo seria estimular o surgimento de mais propostas de medidas econômicas para dar à presidente mais alternativas, hoje centralizadas basicamente no Ministério da Fazenda.

A ideia ganhou força no fim do ano depois que as previsões passaram a apontar que o país deve ter crescido só 1% em 2012, mesmo depois de o governo ter adotado uma série de medidas econômicas.

Entre os assessores que defendem a proposta de devolver ao Planejamento seu papel de formulador de política econômica, um dos nomes citados para o cargo revigorado é o de Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Na visão destes auxiliares, Barbosa ficaria responsável por pensar medidas voltadas principalmente para fazer decolar o investimento no país, que registra queda há cinco trimestres e foi um dos motivos do fraco desempenho da economia em 2012.

Hoje, Barbosa já é responsável, na Fazenda, por formular medidas a pedido da presidente. Na avaliação de assessores presidenciais, porém, como ministro, ele teria mais liberdade de ação para tocar suas propostas.

Os defensores da proposta não aventam a possibilidade de saída de Guido Mantega da Fazenda. Dizem que a presidente tem confiança total no seu ministro e que ele faz exatamente o que a chefe quer na área econômica. Tirá-lo seria o mesmo que fazer uma autocrítica, admitir que a política atual é errada.

EMPRESÁRIOS

Além de arejar a política econômica, assessores defendem também que o governo melhore o canal de comunicação com os empresários.

Na avaliação desses assessores, o governo adotou o caminho correto em suas medidas na área de infraestrutura, mas errou ao se mostrar radical e não aceitar mudanças em algumas delas, emperrando a decisão do empresariado de investir.

Nesse caso, a principal mudança terá de partir da própria presidente, segundo esses auxiliares. Hoje, o empresariado reclama do que considera falta de flexibilidade tanto do Planalto como da Fazenda e defende a criação de um canal direto de negociação com Dilma.

Na hipótese de revigorar o Ministério do Planejamento, a função de tocar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) voltaria para a Casa Civil, como era sob Lula.

A dúvida fica sobre o destino da ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Assessores chegam a falar que ela poderia ir para a Casa Civil, com Gleisi Hoffmann deixando o governo no início do ano para começar a se dedicar à sua campanha pelo governo do Paraná.

Só que esses assessores admitem que não passa pela cabeça de Dilma tirar a ministra do posto.


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