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Análise Sistema Financeiro

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Pequeno acionista perde com falta de regra dura para bancos

ANAT ADMATI ESPECIAL PARA O PROJECT SYNDICATE

O ano passado uma vez mais esteve repleto de esforços fúteis para administrar o controle desproporcional que bancos e banqueiros exercem sobre a economia global. O sistema financeiro continua distorcido e perigoso.

Desde os anos 1980, a busca de "valor para os acionistas" se tornou o foco.

Os executivos das empresas muitas vezes recebem remuneração em ações, o que cria poderoso incentivo para que maximizem o valor de mercado dos papéis das suas empresas.

Mas medidas tomadas em nome de buscar maior valor para os acionistas só beneficiam aqueles cujo patrimônio esteja estreitamente ligado aos lucros da empresa e podem, na realidade, ser prejudiciais para os demais.

Essa discrepância pode ser claramente percebida no setor bancário. Antes de 2007, os bancos desfrutavam de altos retornos e de uma disparada nos preços das ações.

Mas o endividamento excessivo e os prejuízos sofridos com os investimentos de risco realizados por essas instituições deflagraram uma crise financeira mundial e levaram à quebra, ou à quase quebra, de muitas instituições financeiras importantes.

Como resultado, desde 2008, os acionistas perderam substancialmente seus investimentos em bancos.

Para salvaguardar seus interesses, os banqueiros vêm fazendo lobby incessante contra regulamentos que os forçariam a depender menos de captação e mais de lucros retidos ou capital novo para financiar seus empréstimos e investimentos.

Mencionam a necessidade de dar alto retorno aos acionistas e dão a entender que regras mais severas são contra os interesses dos donos de papéis das instituições.

Mas bancos mais seguros e menos endividados seriam mais capazes de continuar a fazer empréstimos sem passar por crises.

Ao contrário do que alegam os banqueiros, elevar os requisitos de capitalização de maneira significativa, e com isso salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro, serve ao interesse público

-o que inclui os interesses da maioria dos acionistas.

Em contraste, preservar o status quo ou adotar regulamentação inadequada permitiria que os banqueiros continuassem a lucrar à custa dos outros.


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