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Carro mais eficiente pode gerar economia superior a R$ 8.000

Ampliação do uso de selo do Inmetro ajuda cliente a comparar consumo na hora de comprar veículo novo

Regras do novo regime automotivo ajudaram a elevar cobertura do programa para 70% do volume de vendas

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Na hora de comprar o próximo carro novo, consumidores brasileiros lembrarão, cada vez mais, da última vez em que foram a uma loja para adquirir uma geladeira.

Com a adesão de mais montadoras aos testes do Inmetro que concedem o selo de eficiência energética, hoje mais conhecidos nos eletrodomésticos, a ferramenta deve ganhar força como meio de comparação.

Quem não se preocupar com as informações das etiquetas coladas nos vidros dos carros poderá deixar para trás uma economia que pode superar R$ 8.000.

O Inmetro calculou a diferença dos gastos com combustível para percorrer um percurso diário de 40 quilômetros com os veículos mais e menos eficientes dentro de uma mesma categoria.

Para os modelos populares, a diferença em cinco anos ficou em R$ 4.763, quase 20% do valor de um carro novo de R$ 25 mil. A maior economia foi identificada no grupo fora de estrada.

O consumo usado nos cálculos não tem base em um veículo específico. Considera a média dos mais eficientes (selo A) contra a média dos menos eficientes (selo E).

Os valores são uma referência, uma forma de o instituto chamar a atenção para o impacto da comparação aos bolsos dos consumidores.

"O consumidor tem que perceber as vantagens econômicas. Esse tipo de cultura, que a gente tem hoje em outros programas de etiquetagem, como nos de iluminação e refrigeração, é o que a gente quer implantar no veicular", diz o técnico do Inmetro Gustavo Kuster.

Até o ano passado, a limitação da amostra dificultava a comparação. Os 105 modelos testados em 2012 representavam 55% das vendas.

O estímulo do governo à adesão ao programa por meio das regras do novo regime automotivo elevou a base para 327 tipos em 2013, cerca de 70% do mercado, com a entrada de 16 novas marcas.

Entre as grandes, apenas a GM ainda não aderiu. Outras sete empresas já apresentaram o pedido para ingressar.

O lançamento no ano passado do Inovar-Auto, nome da nova política industrial, deu ênfase ao tema de eficiência energética e emissão de gás carbônico (que constará pela primeira vez nos selos).

O assunto concentra hoje os principais esforços da indústria automotiva no mundo, que investe pesado para alcançar os níveis exigidos pelos países em que atua.

No Brasil, a exigência mínima passará a ser, em 2017, 12% superior à média atual de consumo. Montadoras e importadoras terão de atingir uma média entre os seus modelos de 17,26 km por litro na gasolina e de 11,96 km por litro no etanol para conseguir uma redução de imposto.

Individualmente, hoje nenhum carro atinge o patamar proposto. Os números deste ano, contudo, indicam uma leve melhora em relação a 2012. A média de consumo dos subcompactos mais eficientes, por exemplo, ficou 5% melhor na gasolina.


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