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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Chuva atrapalha o início de colheita da soja

O Brasil inicia a grande safra de soja deste ano com problemas pontuais na colheita da soja precoce. A ocorrência de chuvas fortes em Mato Grosso, Goiás e Paraná, Estados importantes no quadro de produção do país, impede o avanço da colheita.

Em algumas regiões, a produtividade está abaixo do esperado, mas esse início de safra não deve comprometer a produção nacional.

As estimativas atuais indicam uma área recorde de 27,3 milhões de hectares e produção entre 82 e 83 milhões de toneladas, um volume também recorde, se confirmado.

A queda ocorre mais por problemas no plantio e no desenvolvimento das lavouras, devido à seca, do que pelas chuvas atuais.

Otavio Celidonio, do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), diz que houve um avanço grande na área semeada com soja neste ano no país, principalmente em Mato Grosso.

Parte dessa soja foi plantada em área arenosa, mais suscetível à seca. Além disso, essas plantas passaram por um estresse na florada. "Apesar disso, o país vai colher bem."

Pouca soja está sendo colhida atualmente, diz Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar.

A área a ser colhida deveria aumentar na próxima semana, mas a chuva vai continuar dificultando a operação das máquinas, segundo Santos.

"O problema dessa soja precoce não é a chuva atual, mas a falta dela no período da primavera", diz ele.

A Bahia vive cenário diferente. Os baianos tinham um sério problema de seca e a chuva recente vai estancar as perdas. "Mas não recupera o que foi perdido", diz Santos.

Os paranaenses que anteciparam o plantio também têm dificuldade para colher, devido às chuvas na região.

A produtividade está abaixo do normal, mas o grosso da produção só virá a partir de 15 de fevereiro. "Não haverá perdas no setor porque as lavouras estão muito boas", diz o analista José Pitoli.

Apesar de a chuva preocupar, os produtores estão de olho mesmo é na ferrugem da soja. "Ela está no campo, mas não se espalhou como se imaginava. A chuva e a umidade devem permitir um avanço agora", diz Santos.

Defasagem Os preços internos da gasolina estão 13% inferiores aos praticados no mercado internacional, tomando como base os valores dos negócios no golfo do México. Já o diesel tem defasagem de 23%.

Há um mês Os dados são do CBIE (Centro Brasileiro de Infra Estrutura) e apontam uma evolução em relação aos de há um mês, quando a defasagem era de 7% para a gasolina e de 23% para o diesel.

Foi maior Os percentuais atuais são inferiores, no entanto, aos de abril de 2012, quando a gasolina chegou a custar 30% menos do que no exterior. O diesel custava 28% menos naquele mês.

Trigo Os preços internos seguem os externos e mantêm alta. Pesquisa da Folha apurou aumento de 50% nos preços do cereal nos últimos 12 meses.

Quanto subiu No mercado externo, a valorização do cereal foi de 30%, conforme preços praticados na Bolsa de mercadorias de Nova York.

Agrícolas Se tudo der certo com as safras da América do Sul, os preços da soja poderão girar abaixo deUS$ 13. A commoditiy chegou a ser negociada a US$ 18 por bushel em setembro. Ontem estava a US$ 14,1 na Bolsa de Chicago.

Não muito O contrato de março não deve ficar abaixo de US$ 12,50 por bushel (27,2 quilos), no entanto. A avaliação é de Pedro Dejneka, da PHD Derivativos.

DE OLHO NO PREÇO

Nova York

Algodão

(cent. de US$)*77,33

Açúcar

(cent. de US$)*18,45

Londres

Petróleo

(US$ por barril)109,68

Chumbo

(US$ por tonelada)2.255

* por libra-peso


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