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Após 6 incidentes em 10 dias, EUA e Japão tiram Boeing-787 do ar

Com decisões, voos de 30 dos 49 Dreamliner em operação no mundo ficam suspensos; ação cai 3,4%

Grande aposta da Boeing, jato, que não voa para o Brasil, foi concebido como o mais avançado do mundo

DE SÃO PAULO

A Federal Aviation Administration (órgão que controla a aviação nos EUA) decidiu ontem à noite suspender temporariamente as operações do Boeing-787 Dreamliner.

A decisão aconteceu depois que um avião da ANA

(All Nippon Airways) foi obrigado a fazer um pouso de emergência ontem no sul do Japão, devido a um problema com a bateria, segundo as autoridades japonesas.

A FAA abriu investigação e só irá liberar o modelo após comprovar que as baterias são seguras e confiáveis.

Mais cedo, a ANA e a concorrente JAL (Japan Airlines) já haviam suspendido as operações do 787.

Uma das grandes apostas da Boeing, o jato foi concebido como "o comercial mais avançado do mundo" e apresentado em setembro de 2011, após mais de três anos de adiamentos, que custaram milhões de dólares à empresa.

O modelo, que custa US$ 200 milhões, foi lançado prometendo economia de 20% de combustível, graças ao uso de materiais compostos e fibra de carbono. Há 800 encomendas no mundo.

O incidente de ontem, que não deixou feridos graves, é o sexto envolvendo o modelo, o mais moderno da empresa americana, em dez dias.

A ANA ea JAL, as maiores do setor aéreo japonês, contam com 24 dos 49 Dreamliners em operação no mundo.

Nos EUA, apenas a United Airlines utiliza o jato, com seis aeronaves.

Na América do Sul, a chilena LAN é a única a operar com o Dreamliner -são três unidades. Não há voos para o Brasil.

Em caráter preventivo, a All Nippon convocou ontem os seus 17 Dreamliner para uma inspeção de emergência. Por medida de segurança, a Japan Airlines seguiu a decisão em seus sete Boeings.

Segundo a rede americana NBC, 46 voos foram cancelados e 16 foram remanejados.

As companhias afirmaram que revisões realizadas recentemente não apontaram anomalias. Com a decisão da ANA e da JAL de cancelar voos, as ações da Boeing cairam 3,38% na Bolsa de NY. No after market (negociações após o pregão regular), as ações caíam 2% às 22h10.

INCIDENTE

O voo da ANA, com 129 passageiros e oito tripulantes, fazia o trajeto Ube-Tóquio quando teve que retornar ao solo, na cidade de Takamatsu, após apenas 35 minutos.

Os indicadores da cabine detectaram um problema em uma das baterias.

A Boeing informou apenas que irá cooperar com as autoridades e com a ANA no processo de investigação.

Há uma semana, reguladores dos EUA informaram que irão realizar uma ampla revisão nos sistemas do 787.

Em janeiro do ano passado, o superjumbo A380 da Airbus também apresentou falhas, com rachaduras em suas asas na Europa. Toda a frota foi inspecionada.


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