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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Oferta cresce e boi poderá ter preço menor

Este ano deverá ser um período de preços menos aquecidos do que os de 2012 para o boi. No ano passado, o valor médio da arroba foi de R$ 96,3, tomando como base os valores praticados no Estado de São Paulo.

A previsão é de José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP. Ele crê que essa tendência de baixa nos preços vá ocorrer devido a uma oferta maior de animais prontos para abate.

Ferraz ressalta, no entanto, que há alguns fatores internos e externos que podem alterar essa tendência.

Os EUA estão com o rebanho mais baixo desde que o governo passou a fazer o acompanhamento do setor. A alta dos grãos, base da alimentação dos animais no mercado norte-americano, faz com que a atividade não remunere o pecuarista.

A tendência é uma liquidação ainda maior do rebanho nos EUA, o que poderá reduzir os preços em um primeiro momento, mas vai provocar alta em seguida.

Outro país importante no mercado de bois, a Argentina, continua com seus problemas estruturais. Ainda não se recuperou da forte seca sofrida recentemente e há um grande desequilíbrio entre a remuneração obtida pela pecuária e pelos produtores de grãos. Estes lucram mais. A isso soma-se a interferência do governo no setor, afirma Ferraz.

Por isso, a situação argentina não é solúvel a curto prazo e não há sinais de quando se resolverá, acredita ele. Já a Austrália, outro participante desse mercado de carne bovina, também está sem capacidade de expansão.

A Índia será o único país a incomodar um pouco o Brasil, já que o país vem ampliando a oferta de carne bovina. O produto deles, no entanto, abastece mais a Ásia e a África, diz Ferraz.

Mas o diretor da Informa acredita que também haja motivos para queda nos preços internos. A situação macroeconômica na Europa ainda não foi resolvida, e o consumo dos europeus pode cair.

Exportações menores do Brasil podem inibir uma recuperação dos preços, desde que o consumo interno não absorva essa carne.

Os próximos 20 anos Quando completa 40 anos, a Embrapa vai se debruçar sobre as perspectivas da pesquisa agropecuária brasileira nos próximo 20 anos.

Livro Serão chamadas para debater o assunto dezenas de instituições, inclusive do exterior. Os debates serão feitos em uma série de seminários e fóruns e os resultados estarão prontos em abril do ano que vem. O resultado constará em um livro.

Reta final Após um período de incertezas, devido ao excesso de chuva neste começo de safra, o plantio de soja e de milho chega à reta final na Argentina.

Números Pesquisa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires indica que 96% da área de soja foi semeada, enquanto o percentual para o milho é de 93%. A área de soja deverá atingir 19,7 milhões de hectares em 2012/13. A de milho, 3,4 milhões de hectares.

Safra argentina de trigo fica abaixo do esperado

A safra argentina de trigo chegou ao fim, e a produção ficou em 9,8 milhões de toneladas, abaixo dos 11 milhões previstos inicialmente.

Os dados foram apurados pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, que atribui a queda às sucessivas chuvas ocorridas nas áreas de plantio.

Além da redução de produtividade, o excesso de chuva trouxe também doenças às lavouras e perda de qualidade do produto final, na avaliação da Bolsa.

Da área semeada de 3,6 milhões de hectares, pelo menos 240 mil foram perdidos, apontam os dados finais da safra do país vizinho.

A produção desta safra fica 30% abaixo da obtida na anterior, quando os argentinos obtiveram 14 milhões de toneladas. Com a queda de produção, o país poderá não atingir a meta de exportação.


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