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Análise

Apesar da volatilidade, cenário para Vale segue positivo

PEDRO GALDI ESPECIAL PARA A FOLHA

A crise econômica que afetou o mundo a partir de 2008 trouxe uma grande mudança nos setores de siderurgia e mineração.

Os preços do minério de ferro desabaram no segundo semestre de 2008 e, a partir daí, vêm mostrando uma grande volatilidade. A demanda também oscilou muito, retornando aos patamares pré-crise, mas sem evolução.

Até o modelo de precificação do minério de ferro sofreu modificações desde o início da crise global, passando de um contrato que definia preços por um ano para o que define preço à vista.

Para termos uma noção de quanto foi a variação do preço do minério de ferro, no pré-crise o preço variava na faixa de US$ 50/tonelada, caindo a US$ 25/tonelada no final de 2008, chegando ao pico de US$ 190/tonelada em 2011, desabando a US$ 86/tonelada em 2012 e retornando ao patamar de US$ 150/tonelada no fim do ano passado.

Apesar dessa grande volatilidade, o cenário de atuação para a Vale continua positivo para o médio/longo prazo, com a China tendendo a crescer numa faixa de 8%. Como aquele país produz 50% do aço plano do mundo, terá que importar muito minério de ferro do Brasil e da Austrália.

Na siderurgia, a crise econômica retirou grande parcela da demanda por bens de consumo, principalmente na Europa e nos EUA, gerando descompasso entre oferta e demanda por aços planos.

Hoje, há uma capacidade ociosa no mundo acima de 500 milhões de toneladas. Ou seja, as usinas siderúrgicas de aços planos estão operando com o pé no freio para não gerar estoques excedentes.

No Brasil, ocorreu em 2012 forte entrada de aço plano importado a preços menores que os praticados internamente, o que levou o governo a criar barreiras. Assim, o cenário para o segmento de aço plano no país é desafiador nos próximos meses.

Mesmo nessa condição, o ano de 2013 já deve mostrar sinais de melhora em relação a 2012. A CSN já produz minério de ferro em quantidade necessária para suas necessidades e exporta excedente a outros mercados. Mas, se comprar a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) da ThyssenKrupp, terá desafios enormes diante do excesso existente hoje no mundo.


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